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POLÍCIA

Passageira denuncia ter sido vítima do "golpe do cheiro" em corrida por app em Maceió

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Uma jovem de 25 anos procurou a polícia para denunciar que foi vítima do "golpe do cheiro" durante uma corrida de transporte por aplicativo, no último final de semana, em Maceió. O crime que ficou conhecido no ano passado, principalmente com casos divulgados no sudeste do país, consiste na tentativa de dopagem de passageiras mulheres, que vêm a inalar produtos químicos, colocados propositadamente pelos motoristas durante os trajetos.

A vítima, que pediu para não ser identificada, afirmou ao TNH1 que conseguiu escapar do golpe a tempo e formalizou a denúncia à polícia por meio de Boletim de Ocorrência online. Ela também enviou o relato para empresa que presta o serviço de transporte (veja a resposta no fim da matéria).

À reportagem, a denunciante trouxe detalhes do que aconteceu, desde o início da corrida até a saída dela do carro, no bairro de Serraria. "No sábado, por volta de 12h10, solicitei um carro de aplicativo, com destino ao shopping, em Mangabeiras. Até aí tudo bem. Ele chegou, entrei no carro e informei o código. Eu moro na parte alta e ele já começou indo por uma rota diferente, que não me levaria ao meu destino normalmente, mas mesmo assim seria um caminho", começou a vítima.

"Ele saiu na Via Expressa, e seguiu sentido Avenida Menino Marcelo. Detalhe que eu ia para Mangabeiras. Aí ele chegou na Avenida Presidente Getúlio Vargas, mas antes de entrar nela, eu já tinha começado a sentir algo estranho e tinha pedido pra ele baixar os vidros do carro. Após entrar nessa rua, ele pegou a primeira rua à esquerda, e nesse momento comecei a achar mais estranho ainda", continuou a jovem.

A vítima afirmou que começou a sentir um cheiro forte que causou sensação de ardência no nariz e incômodo na garganta. "Comecei a me sentir pior, senti um mal estar principalmente na cabeça, garganta e nariz, uma sensação de formigamento. Aí me desesperei, mas não deixei ele perceber. Então simulei uma ligação e pedi que ele parasse o carro que eu precisava descer. Ele não falou nada, simplesmente parou o carro, graças a Deus", explicou.

Ainda de acordo com a jovem, ela não teve acesso, em nenhum momento da corrida, à rota do motorista que geralmente fica à mostra no aparelho celular dele próximo ao painel do veículo. A vítima contou ainda que o motorista mexeu na saída do ar condicionado do carro e acredita que a peça foi direcionada para ela.

"Me dei conta depois que aconteceu. Vi que o celular dele não estava no suporte no carro, onde a gente consegue ver a rota que o aplicativo sugere. Vi que o celular em algum momento tocou, talvez tenha sido um sinal, não sei. E em outro momento vi que ele mexeu na saída do ar condicionado, talvez direcionando para mim. Fico me questionando inúmeras coisas", destacou a vítima.

O TNH1 entrou em contato com a delegada Luci Mônica, titular do 9º Distrito Policial, unidade que deve ficar responsável pela apuração do caso, e foi informado que a Polícia Civil vai dar início às investigações e que a vítima deve comparecer no distrito para mais esclarecimentos.

O que disse a empresa de transporte por aplicativo - Após reportar o ocorrido para a empresa, a vítima recebeu a resposta de que já foram tomadas as devidas providências em relação à conta do motorista envolvido. Porém, não ficou claro se ele foi excluído da rede de condutores por transporte de aplicativo.

A empresa também destacou que não tolera o uso de substâncias químicas com efeitos tóxicos ou narcóticos no veículo e considerou inaceitável a experiência forçada vivida pela passageira, dizendo ainda que segue atenta para evitar situações deste tipo.

O comunicado também mostra que a empresa se colocou à disposição para ajudar na investigação policial, como também para oferecer sessões de atendimento psicológico para a vítima.

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