A vacina contra a Covid-19 de dose única desenvolvida pela Johnson & Johnson proporciona uma forte proteção contra o novo coronavírus e previne mortes e casos graves da doença, de acordo com a análise divulgada pelo órgão regulador de medicamento dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 24. A Food and Drug Administration (FDA) apontou que o imunizante possui uma eficácia geral de 72% nos Estados Unidos e de 64% na África do Sul, onde circula uma variante mais contagiosa do Sars-Cov-2. A vacina também apresenta eficácia de 84% contra casos graves da Covid-19 em território norte-americano e 82% em território sul-africano. Isso significa, consequentemente, que as pessoas vacinadas com a fórmula da Johnson & Johnson têm menos chances de serem hospitalizadas e morrerem por causa da doença.
Para os Estados Unidos, a divulgação na análise da FDA significa que a vacina da Johnson & Johnson pode receber a autorização para uso emergencial no país ainda neste sábado, 27. O imunizante de dose única pode ser armazenado em refrigeradores comuns por até três meses, o que faz com que a sua distribuição seja consideravelmente mais fácil do que a das vacinas da Pfizer–BioNTech ou da Moderna. Além de precisarem de duas aplicações, as concorrentes precisam ser mantidas em temperaturas baixíssimas que exigem o uso de equipamentos e estratégias de logística especiais. Por outro lado, o imunizante da Johnson & Johnson possui uma eficácia geral menor do que o da Pfizer-BioNTech e da Moderna, ambas em torno de 95%.
Para a África do Sul, no entanto, a vacina da Johnson & Johnson surge como a grande favorita. O imunizante da Novavax apresentou uma eficácia de apenas 49% no país e um pequeno teste com o da AstraZeneca mostrou que ele não oferece uma proteção significativa contra a nova cepa sul-africana. Desde a semana passada, o governo da África do Sul já aplicou 32 mil doses da Johnson & Johson.