A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (2), a Operação "Utlagatus", com o objetivo de aprofundar investigações relacionadas a fraudes em requerimentos de posse e porte de arma de fogo apresentados à Polícia Federal em Alagoas. Até o momento, duas pessoas foram presas em Maceió e uma em Arapiraca. A ação segue em andamento em quatro estados.
Segundo a PF, cerca de 160 policiais federais dão cumprimento a 40 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, expedidos pela 2ª Vara Federal em Maceió, nas cidades alagoanas de Maceió, Rio Largo, Arapiraca, Maragogi, Penedo, Batalha, Craíbas, Olho D"Água das Flores, Palmeira dos Índios, Girau do Ponciano. Além destes municípios, a polícia cumpre mandados nas cidades de Garanhuns, em Pernambuco, de São Francisco, em Sergipe, e no município de São Paulo.
A investigação teve início a partir da identificação de indício de fraude documental em procedimentos que determinado despachante atuava.
De acordo com a apurações, verificou-se que uma associação criminosa confeccionou, no período de 2020 e 2021, documentos material e ideologicamente falsos (notas fiscais, Laudos Psicológicos, Laudo de Capacidade Técnica, comprovantes de residência, Boletins Médicos e Boletins de Ocorrência), usando-os em processos administrativos junto à Polícia Federal, para fins de aquisição, posse e porte de arma de fogo. Cerca de 63 procedimentos teriam sido realizados mediante fraude.
Em alguns casos, os investigados forjavam atentados (com tiros em portões de residência e carros) para subsidiar os pedidos juntos à Polícia Federal.
Os investigados estão sendo indiciados por associação criminosa, falsificação de documento particular, uso de documentos falsos, tráfico de influência, falso testemunho e comércio ilegal de arma fogo, munição e acessórios, cujas penas somadas podem chegar a 37 anos de reclusão.