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Chinesa Geely e grupo de luxo LVMH se unem para listar Lotus na Nasdaq

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A chinesa Geely listará parte de sua marca de carros esportivos Lotus nos Estados Unidos por meio de uma fusão com uma empresa fundada por um grupo de investimentos apoiado pela LVMH, em um acordo que avalia a montadora em US$ 5,4 bilhões.

A fusão anunciada na terça-feira será entre a Lotus Technology, que tem uma fábrica na China e planeja produzir utilitários esportivos elétricos, e a L Catterton Asia Acquisition (LCAA), um veículo de aquisição de propósito especial (Spac) fundado pela L Catterton.

L Catterton é um grupo de private equity apoiado pelo grupo de marcas de luxo LVMH e pela holding familiar de Bernard Arnault, fundador da LVMH e atualmente o homem mais rico do mundo.

A Geely planejou uma série de negócios enquanto busca liberar o potencial financeiro de seus investimentos automotivos globais. Isso vai desde a oferta pública inicial (IPO) da Volvo Cars em 2021 até as listagens via Spac de sua marca elétrica Polestar e Ecarx, um grupo de tecnologia fundado pela Geely que fabrica displays para cockpits de carros.

O acordo com a Lotus inclui US$ 288 milhões em dinheiro mantido pela LCAA e outros US$ 100 milhões que foram injetados por um terceiro que seria presumivelmente a Geely. A Lotus planeja realizar uma captação de recursos externa por meio de uma colocação privada de ações no fim do ano.

A fusão, que dará aos atuais proprietários da Lotus Technology o controle de 89,7% dos negócios combinados, deve ser concluída no segundo semestre do ano. O grupo negociará na bolsa Nasdaq, em Nova York.

Os acordos Spac estavam em voga há dois anos, quando uma série de startups de veículos elétricos os usava para arrecadar dinheiro, muitas vezes sem produzir veículos.

Muitas das empresas listadas foram atingidas por custos excessivos ou atrasos, desde a Lucid, que tem lutado para aumentar a produção, até a Arrival, que esta semana cortou metade de sua equipe restante em um esforço para permanecer solvente.

A Geely assumiu o controle da Lotus em 2017, quando comprou uma participação na Proton, da Malásia, proprietária da marca. O grupo chinês injetou cerca de 3 bilhões de libras (US$ 3,71 bilhões) para renovar a marca do Reino Unido, lançando novos modelos e revitalizando sua antiga instalação de produção.

No ano passado, a Geely revelou planos para expandir a Lotus globalmente, com uma nova fábrica chinesa e uma série de SUVs, para ampliar seu portfólio além dos tradicionais carros esportivos rebaixados da marca.

Uma nova fábrica da Lotus Technology em Wuhan, paga pela Geely, tem capacidade para produzir 150 mil veículos por ano. O primeiro modelo elétrico da planta - o Lotus Eletre, de 90 mil libras - será vendido este ano na China e na Europa.

A marca planeja lançar um sedã esportivo elétrico no fim do ano, além de um SUV menor previsto para 2024. Estes também devem ser produzidos nas instalações chinesas.

A Lotus Technology disse que o dinheiro arrecadado com a listagem via Spac irá para produtos futuros, desenvolvimento de tecnologia e expansão de sua rede global.

Qingfeng Feng, executivo-chefe (CEO) do Lotus Group e de sua subsidiária, a Lotus Tech, disse que a parceria "ajudará a posicionar a Lotus Tech como uma empresa global líder em veículos elétricos de luxo".

Ele acrescentou que o acordo traz "uma colaboração de marca promissora e um potencial de parceria estratégica em todo o mundo".

Fonte: Valor Invest

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