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Três senadores do PSD anunciam voto contra reeleição de Pacheco ao comando do Senado

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A dissidência é vista como o maior sinal de perigo apresentado até hoje à reeleição de Pacheco, que é apoiado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Três senadores do PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciaram nesta terça-feira que votarão contra a reeleição do correligionário e a favor da eleição do bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN) para o comando do Poder Legislativo para os próximos dois anos.

Nelsinho Trad (MS), Lucas Barreto (AP) e Samuel Araújo (RO) fizeram o anúncio ao lado de Marinho, do líder da oposição Carlos Portinho (PL-RJ) e outros líderes oposicionistas, como o ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI). A eleição para os cargos da Mesa será amanhã.

Apesar de o PSD ter 15 senadores e os três formalmente representarem uma minoria na bancada, o Valor apurou que outros integrantes do partido avaliam usar o sigilo proporcionado pelo voto secreto para também votar em Marinho. Por isso, a dissidência é vista como o maior sinal de perigo apresentado até hoje à reeleição de Pacheco, que é apoiado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Líder do PSD no ano passado, Trad reclamou que a atual configuração do Senado tem concentrado poderes e protagonismo em alguns personagens. “Aqui é um colegiado de 81 senadores. Todo mundo aspira um protagonismo. O que a gente observa é que, diante da condução dos últimos quatro anos, os protagonistas sempre são os mesmos. Isso está certo?”, questionou.

A parceria entre o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e seu antecessor, Davi Alcolumbre (União-AP), tornou-se fator de resistência aos planos de reeleição do senador mineiro. Alas diversas do Senado têm reclamado a Pacheco do acúmulo de poder de Alcolumbre, que pretende permanecer à frente da poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa e daqui a dois anos concorrer novamente à presidência do Senado.

Ontem, Alcolumbre esteve em reunião com integrantes do seu partido, o União Brasil. No encontro, ele falou que não fará da CCJ “cavalo de batalha” e que, se necessário, abriria mão do posto para garantir a eleição de Pacheco.

Marinho disputará comando do Senado

Denio Simões/Valor

Fonte: Valor Invest

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