Subiu para 47 o número de mortos em um atentato suicida em uma mesquita no Paquistão, informaram as autoridades locais, acrescentando que a maioria das vítimas era policiais. 176 pessoas ficaram feridas. O ataque aconteceu durante a oração da tarde na cidade de Peshawar. Ainda não se sabe como o homem-bomba conseguiu entrar no complexo murado que abriga o quartel-general. Sarbakaf Mohmand, comandante do Talibã paquistanês, assumiu a responsabilidade pelo ataque no Twitter. As autoridades paquistanesas decretaram alerta máximo em todo o país. As equipes de emergência iniciaram uma corrida contra o tempo para tentar retirar as pessoas dos escombros, e uma grande operação de resgate está em curso, com bombeiros e vários equipamentos para a retirada dos escombros. “Há muitos policiais enterrados nos escombros”, disse o comandante da polícia de Peshawar, Muhammad Ijaz Khan, que calculou a presença habitual de entre 300 e 400 oficiais na oração. “É uma situação de emergência”, disse Muhammad Asim Khan, porta-voz do principal hospital de Peshawar. De acordo com a polícia, a explosão aconteceu na segunda fila de fiéis que estavam rezando. Equipes de retirada de minas foram enviadas ao local devido ao temor de que a ação tenha sido um atentado suicida.
O ataque ocorreu no dia em que estavas programada uma visita a Islamabad do presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed ben Zayed Al Nahyan. A viagem foi cancelada – oficialmente por causa das chuvas. Peshawar, a 50 quilômetros da fronteira com o Afeganistão, foi cenário de atentados praticamente diários na primeira metade da década de 2010, mas a segurança melhorou nos últimos anos. Contudo, nos últimos meses, no entanto, a cidade registrou muitos ataques, vários deles contra as forças de segurança. Em março de 2022, um ataque suicida contra uma mesquita da minoria xiita em Peshawar reivindicado pelo EI-K, braço local do grupo extremista Estado Islâmico, deixou 64 mortos. O atentado foi o mais grave registrado no Paquistão desde 2018. O Paquistão critica o Talibã por permitir que estes grupos utilizem seu território para planejar os ataques, algo que as autoridades de Cabul negam. O Talibã do Paquistão é um movimento separado do que existe no Afeganistão, mas os grupos têm raízes comuns. O grupo reivindicou vários ataques no último ano, mas uma das maiores atrocidades cometidas pelos talibãs paquistaneses, que marcou a opinião pública do país, foi o massacre de 150 pessoas em uma escola de Peshawar em dezembro de 2014.
Fonte: Jovem Pan