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Summers diz que Fed deve evitar sinalizar próximos passos

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“Não acho que seja hora de se comprometer com aumentos de juros, dadas as indicações de fraqueza que temos visto em vários setores”, disse Summers O ex-secretário do Tesouro americano Lawrence Summers aconselha o Federal Reserve (Fed) a se abster de sinalizar seus próximos passos após o aumento de juros esperado na semana que vem, diante de perspectivas altamente incertas para a economia dos Estados Unidos.

“Não acho que seja hora de se comprometer com aumentos de juros, dadas as indicações de fraqueza que temos visto em vários setores”, disse Summers no programa “Wall Street Week” com David Westin da Bloomberg Television. Ao mesmo tempo, a possibilidade de mais aumentos de juros não deve ser descartada, acrescentou.

A inflação continua bem acima da meta de 2% do Fed, com os dados do PCE divulgados na sexta-feira mostrando que o núcleo do indicador de preços preferido do banco central americano, que exclui alimentos e energia, subiu 4,4% em dezembro em relação ao ano anterior.

No entanto, crescem as evidências de que a economia está desacelerando, com gastos pessoais caindo em dezembro e o consumo geral desacelerando no último trimestre de 2022.

O Fed precisa “manter o máximo de flexibilidade em uma economia que pode ir tanto em uma direção como na outra”, disse Summers, professor de Harvard e colaborador da Bloomberg Television. “Eles estão conduzindo o veículo em uma noite muito, muito nebulosa.”

Um motivo de preocupação para o presidente do Fed, Jerome Powell, e seus colegas deve ser o otimismo que reverberou nos mercados financeiros nos últimos meses, disse Summers.

“O impulso monetário que está entrando na economia” é muito menos contracionista do que o indicado apenas pelos aumentos acumulados de juros do Fed, disse ele. As condições financeiras “evoluíram substancialmente para uma flexibilização nos últimos meses” e “isso é algo que eu acho que precisa preocupar o Fed ao definir a política monetária”.

Quanto à próxima decisão do Fed, Summers está alinhado com a precificação do mercado de um aumento de 0,25 ponto percentual, o que levaria a meta da taxa de fundos federais para uma faixa de 4,5% a 4,75%.

A longo prazo, Summers disse que é provável que as taxas se acomodem em um nível mais alto do que no período pré-pandêmico. Atualmente, as autoridades do Fed veem a taxa de fundos federais em 2,5% no longo prazo, ou 0,5% real, após contabilizar a taxa de inflação de 2% que o Fed quer atingir.

“Vejo mais espaço para a inflação ficar um pouco acima de 2, e vejo mais espaço para os juros reais ficarem acima de 0,5 do que para o erro estar na outra direção”, disse Summers.

Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA

Divulgação

Fonte: Valor Invest

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