Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Jornal da Manhã

FAB distribui cestas básicas e monta hospital de campanha para atender yanomamis em Roraima


O hospital de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB), montado em Boa Vista para auxiliar no atendimento aos yanomamis, começa a funcionar nesta sexta-feira, 27. A estrutura visa prestar atendimento a aproximadamente 700 pessoas por dia. Uma aeronave KC-390 Millennium da FAB lançou ontem quase 400 cestas básicas de aproximadamente 11 kg cada na pista de Surucucu, em Roraima. Em imagens divulgadas pela FAB, o piloto de avião e major, Renan Pereira Pacheco, ressaltou a importância desse trabalho em uma área tão isolada: “O momento é realmente de orgulho de pertencer a essa unidade, de estar participando de mais essa missão humanitária de ajuda à nossa população brasileira”. Helicópteros da Força Aérea e do Exército Brasileiro realizam o transporte das cestas às diversas comunidades indígenas assoladas pela crise sanitária na região. Nesta quinta-feira, 26, o Ministério Público Federal (MPF) informou que desde setembro de 2022 faz alertas sobre a insuficiência de medidas adotadas pelo Governo Federal para a retirada de invasores da terra indígena yanomami.

Esses alertas foram dados pelo MPF por meio de um documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que também afirma que o governo descumpriu ordens judiciais para garantir a segurança de comunidades indígenas no país. O MPF defende que o STF determine a remoção imediata dos garimpeiros da terra indígena yanomami e autorize crédito extraordinário para garantir ações de saúde e operações de retirada dos invasores. Desde 2020, o Supremo vem determinando que a União adote uma série de medidas para proteger as comunidades indígenas como, por exemplo, executar um plano de expulsão de invasores da terra indígena yanomami e de outras seis áreas indígenas em que há a presença ilegal de garimpeiros e madeireiros. O STF também determinou a execução de um plano de enfrentamento à Covid-19, medidas de segurança alimentar e de atenção à saúde e a instalação de barreiras sanitárias. No início da semana passada, o Ministério da Saúde enviou para Roraima equipes técnicas encarregadas de elaborar um diagnóstico sobre a situação de saúde dos cerca de 30 mil habitantes da terra indígena yanomami.

No primeiro encontro da comissão que reúne secretários de Saúde de Estados e municípios e o Governo Federal, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a situação dos yanomami vem sendo debatida desde o processo de transição, no ano passado: “A emergência yanomami vai merecer essa ação coordenada, no curto prazo, mas nós temos essa visão ampla da saúde indígena. Da mesma forma, já estabeleci uma agenda com o Ministério da Igualdade Racial para a política para a saúde da população negra”. Presente no evento, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, comparou a crise vivida pelos yanomamis ao holocausto, extermínio de judeus pelos nazistas: “As outras cenas tão tristes e tão terríveis, que nos remontaram a cenas que só vemos em documentários da 2ª Guerra Mundial, as cenas do holocausto. Quando vemos pessoas com ossos cobertos apenas por pele e vemos que isso acontece no nosso próprio país. Como se chegou a esse ponto?”.

*Com informações da repórter Paula Lobão

Jovem Pan

Brasil Jornal Da Manhã Antônio Barra Torres Anvisa Boa Vista Cestas Básicas Emergência Em Saúde Pública Força Aérea Brasileira (FAB) Hospital De Campanha Ministério Da Saúde Ministério Público Federal Nísia Trindade Roraima Supremo Tribunal Federal Yanomami

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!