Mais de mil atendimentos emergenciais foram realizados ao povo indígena Yanomami nos últimos dias. A informação foi apresentada pelo secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba nesta terça-feira, 24. No último dia 20 foi instituída uma força-tarefa para atuar na região de Roraima, após decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a criação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária no território Yanomami. O Ministério da Saúde também declarou emergência em saúde pública diante dos quadros de desnutrição na comunidade indígena e a necessidade de ação imediata frente à crise humanitária. De acordo com Ricardo Tapeba, a portaria vai permitir que o governo possa ” adotar estratégias mais emergenciais”, como a compra de insumos, medicamentos e materiais. Além de pensar em uma estratégia de infraestrutura para as nossas unidades de saúde, pensar em estratégias de aperfeiçoar o atendimento da saúde indígena”, detalhou Tapeba, que fala em “cenário de guerra” no território Yanomami. Equipes dos ministérios da Saúde e dos Povos Indígenas estão produzindo relatórios sobre a atuação local. O secretário do governo reforçou que um dos principais causadores da situação de emergência em saúde é a atuação do garimpo ilegal. “Isso tem matado os rios, matado os peixes e as comunidade acabam ficando reféns desse cenário de guerra, de horror, de medo e de morte”, disse. A previsão é que nesta quarta-feira, 25, um retorno da equipe dos profissionais de saúde. Há a expectativa de que o grupo conclua em 15 dias um levantamento completo sobre a situação de emergência sanitária dos Yanomami.
Fonte: Jovem Pan