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Desmatamento na Amazônia aumenta pelo 5º ano seguido e atinge maior patamar em 15 anos

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Segundo o Imazon, monitoramento por satélite detectou a devastação de 10.573 km² no ano passado O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou pelo quinto ano seguido e em 2022 foi o maior dos últimos 15 anos. O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou nesta quarta-feira (18) que o monitoramento por satélite detectou a devastação de 10.573 km² no ano passado, um recorde desde que a instituição começou a monitorar o corte da floresta, em 2008. A perda equivale a 3 mil campos de futebol de área verde eliminados por dia.

Entre 2019 e 2022 o instituto calcula que 35.193 km² de floresta foram suprimidos, área superior à dos Estados de Sergipe (21 mil km²) ou Alagoas (27 mil km²). No período, o aumento é de 150% em relação ao quadriênio anterior. De 2015 a 2018 14.424 km² de floresta foram eliminados.

“Esperamos que esse tenha sido o último recorde de desmatamento reportado pelo nosso sistema de monitoramento por satélites, já que o novo governo tem prometido dar prioridade à proteção da Amazônia", comentou a pesquisadora Bianca Santos, do Imazon, na divulgação dos dados.

Segundo ela, "para que isso aconteça, é preciso que a gestão busque a máxima efetividade nas medidas de combate à devastação, como algumas já anunciadas de volta da demarcação de terras indígenas, de reestruturação dos órgãos de fiscalização e de incentivo à geração de renda com a floresta em pé”.

Dezembro foi o mês de maior perda de área floresta, 287 km², 105% mais que em dezembro de 2021. de floresta, um aumento de 105% em relação ao mesmo mês de 2021, Foi o pior dezembro da série histórica do Imazon.

“No último mês do ano, houve uma corrida desenfreada para desmatar enquanto a porteira estava aberta para a boiada, para a especulação fundiária, para os garimpos ilegais e para o desmatamento em terras indígenas e unidades de conservação. Isso mostra o tamanho do desafio do novo governo”, disse Carlos Souza Jr., coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do instituto.

A frase é uma referência ao ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que em reunião ministerial de abril de 2020 disse que a pandemia de covid-19 era uma "oportunidade" de "passar a boiada" — reduzir os rigor das regras ambientais enquanto o foco da sociedade estava na doença.

Segundo o Imazon, 80% da floresta derrubada em 2022 concentravam-se em áreas federais, o que representa 8.443 km². Nesse caso, o aumento do desmate foi de 2% em relação a 2021.

As área estaduais desmatadas equivaleram a apenas 11% do total, mas apresentaram aumento de 11% na comparação com o o ano anterior, passando de 1.014 km² para 1.130 km². Os 9% restantes ocorreram em áreas sem jurisdição (1.000 km²) e municipais (0,2 km²).

Dos nove Estados da Amazônia Legal, o desmate foi mais intenso no Pará (3.874 km², com 37% do total do país), Amazonas (2.575 km², 24%) e Mato Grosso (1.604, 15%). Os três Estados ocupam as primeiras posições no ranking do desmantamento, nessa mesma ordem, desde 2019, segundo o Instituto.

Alex Ribeiro/Agência Pará

Fonte: Valor Invest

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