Enquanto vândalos depredaram as sedes dos Três Poderes, outros núcleos tentaram destruir as estruturas elétricas, e um terceiro grupo tentou invadir refinarias, mas essa ação foi contida pelas forças de segurança A Polícia Federal (PF) já instaurou inquéritos para investigar a derrubada de quatro torres de transmissão de energia, e os danos que atingiram mais 12 estruturas desde o dia 8 de janeiro. Em ação aparentemente coordenada, grupos de bolsonaristas radicais promoveram ações violentas simultâneas em todo o país: enquanto milhares de vândalos depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, outros núcleos tentaram destruir as estruturas elétricas, e um terceiro grupo tentou invadir refinarias, como em Curitiba (PR), mas essa ação foi contida pelas forças de segurança.De acordo com fontes da Polícia Federal e do Ministério de Minas e Energia (MME), as Superintendências da PF nos Estados de São Paulo, Paraná e Rondônia já começaram a investigar a autoria dos ataques às torres de transmissão, os mentores e financiadores das ações criminosas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foram três torres derrubadas em Rondônia, e uma no Paraná, desde 8 de janeiro. No mesmo período, foram danificadas quatro torres no Paraná, duas em São Paulo e seis em Rondônia. Em todos os casos, não houve interrupção do fornecimento de energia.Mais cedo, em entrevista coletiva, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que os ataques seriam investigados. "Estamos seguros de que é possível apurar fatos pontuais. PRF tem ação mais ostensiva nas estradas onde passam as linhas transmissão e já colabora no monitoramento. PF deve encabeçar inquéritos que investigarão ataques e estabelecerá as punições", adiantou. Silveira reuniu-se pela manhã com representantes da Aneel, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e de empresas do segmento. Na segunda-feira (16), ele se reuniu com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para tratar do vandalismo no setor elétrico.
Fonte: Valor Invest
