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Aras diz que pretende voltar ao setor privado após fim de mandato na PGR

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Procurador-geral da República repudia alegação de que sua atuação, muitas vezes criticada por ser branda com Jair Bolsonaro, estaria condicionada à indicação ao Supremo: "Não podemos controlar a maledicência" O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse nesta terça-feira (17) que, quando terminar o mandato, voltará à atividade privada. Ele pretende voltar a exercer a advocacia e atuar como palestrante em eventos acadêmicos, segundo declarou em entrevista ao SBT.

"Primeiro; é preciso respeitar uma pequena quarentena. Depois, buscarei voltar à atividade privada, da qual saí há alguns anos justamente para cumprir os deveres na Procuradoria-Geral da República. Vou continuar com minhas atividades acadêmicas, talvez como palestrante, e voltarei à advocacia."

Aras também se disse grato ao ex-presidente Jair Bolsonaro por ter cogitado o seu nome para o Supremo Tribunal Federal (STF), caso tivesse direito a uma terceira indicação. "O presidente o fez de forma generosa, espontânea, em praça pública, sem jamais termos tratado desse assunto."

O procurador-geral admitiu que se sentiria honrado em chegar ao "topo da pirâmide", mas que "tudo não passou de mera especulação". Ele afirmou, ainda, que a quantidade de conflitos socioeconômicos com os quais precisa lidar no cargo atual "inviabilizaria" essa pretensão.

"O PGR é obrigado a enfrentar, interna e externamente, um alto grau de conflitos permanentes. Conflitos sociais, de Estado, envolvendo interesses econômicos e políticos vultosos. Eu, minha família e meus colegas sabem que é muito difícil lidar com interesses contrariados."

Aras repudiou a alegação de que sua atuação, muitas vezes criticada por ser branda em relação a Bolsonaro, estaria condicionada à indicação para o Supremo. "Não podemos controlar a maledicência de quem quer que seja", rebateu.

O PGR citou ter elaborado oito inquéritos contra o ex-presidente, sem contar os outros dez decorrentes da CPI da Covid, além de ter investigado ministros de Estado que acabaram afastados de suas funções.

"Uma simples suspeita levantada sobre um chefe de Estado, que também é o chefe de governo, promove um tsunami no mercado financeiro, e isso pode comprometer a geração de empregos e malferir a paz social. Nosso trabalho é dotado de alto grau de responsabilidade", justificou-se.

Ao referir-se à própria gestão, disse que, sob o seu comando, o Ministério Público "produziu mais resultados no combate à criminalidade que os últimos 12 anos" e "avançou 30 anos" na organização interna.

Fonte: Valor Invest

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