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Anderson Torres teve ascensão rápida no governo Bolsonaro e contemplou filhos do ex-presidente

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Enquanto ministro, Torres se tornou um dos homens fortes na reta final do governo anterior e passou a integrar de forma “meteórica” um dos grupos de ministros mais leais e identificados com Bolsonaro Preso na manhã deste sábado (14) pela Polícia Federal, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, teve uma ascensão rápida no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante 1 ano e sete meses à frente do ministério.

Segundo fontes do governo anterior, enquanto ministro, Torres se aproximou de Bolsonaro, se tornando um dos homens fortes na reta final do governo e passou a integrar de forma “meteórica” um dos grupos de ministros mais leais e identificados com o ex-presidente. Então ligado ao deputado federal eleito Alberto Fraga (DF), Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal, na gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), antes de assumir o ministério em março de 2021.

Durante sua gestão na Justiça também nomeou pessoas ligadas aos filhos do então presidente, o senador Flávio (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo (PL-SP), para cargos na estrutura da pasta.

Um dos exemplos é o ex-secretário nacional de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Rodrigo Roca, nomeado em março do ano passado para o posto, portanto um ano depois de Torres assumir como ministro. Roca foi advogado de Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas” no Rio de Janeiro, e recentemente foi contratado por Torres como seu advogado também para defendê-lo nesse caso dos ataques em Brasília por golpistas bolsonaristas.

Em outra amostra de proximidade com a família Bolsonaro, dois meses após virar ministro de Bolsonaro, em maio de 2021, Torres também nomeou como ouvidor-geral do Ministério da Justiça, Felipe Uchoa dos Santos, ligado a Eduardo Bolsonaro, e que também foi assessor do irmão Flávio no início de seu mandato como senador.

Ao contrário de outros ministros da Justiça, que mantinham estreita e prévia relação de confiança com o presidente da República, Torres assumiu a pasta da Justiça sem ser identificado ao núcleo mais ligado ao chefe do Executivo. Mas foi estabelecendo uma relação de confiança à medida que implantava uma gestão mais “aberta” a demandas de Bolsonaro na área da Jstiça e Segurança Pública, ao contrário do ex-ministro e senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR), titular do Ministério da Justiça antes de Torres, conta uma fonte.

Antes de Torres assumir a Justiça, também havia uma dificuldade do governo de se relacionar com autoridades de segurança nos Estados. A interlocutores, integrantes do governo Bolsonaro e os filhos parlamentares se queixavam de certa falta de quadros na Justiça capazes de dialogar com órgãos de segurança federais e estaduais. Na avaliação de fontes ligadas ao ex-presidente, porém, Torres foi bem-sucedido na missão de tocar um ministério mais alinhado com Bolsonaro.

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do DF

Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Fonte: Valor Invest

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