Doze alagoanos estão detidos em Brasília por participarem dos atos de vandalismos registrados no último domingo (8), em Brasília. A estimativa é que oito homens e quatro mulheres de Alagoas estejam em unidades prisionais do Distrito Federal.
A Defensoria Pública de Alagoas (DPE) foi acionada, nesta sexta-feira (13), pelo deputado estadual Cabo Bebeto (PL) e se reuniu com familiares que buscam apoio jurídico para o caso.
Segundo o parlamentar, seu gabinete foi acionado para ofertar assistência diante da completa ausência de informações que os familiares dos alagoanos relataram. Cabo Bebeto afirmou que muitos dos presos estão incomunicáveis e que as famílias estão sem nenhuma informação.
Também nesta sexta-feira, a secretaria de administração penitenciária do DF divulgou a lista completa com os nomes de todos os 1.398 presos pelos atos golpistas do último domingo (8). No total são, 1.398 presos, 905 homens e 493 mulheres, com idades entre 18 e 74 anos.
Todos os presos estão em Brasília. Os homens foram levados para o Centro de Detenção Provisória do Complexo da Papuda e as mulheres para a Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia.
A maioria dos presos foi detida no acampamento em frente ao quartel-general do Exército de Brasília. A estrutura, instalada logo após o segundo turno em área militar, foi desmontada na segunda-feira por ordem do STF, um dia após os ataques.
Audiências de custódia devem ser encerradas até domingo (15). O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) informou que o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou que os juízes façam audiências em sistema de mutirão.
Segundo o conselho, outras 599 pessoas foram liberadas após serem fichadas. Entre elas: idosos; pessoas com problemas de saúde; mães acompanhadas de filhos com menos de 12 anos.