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Ibovespa opera em queda enquanto mercado analisa Americanas, medidas do governo e balanços dos EUA

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Os papéis dos bancos, que ontem já foram pressionados pela notícia da Americanas - já que as instituições podem precisar realizar baixa contábil expressiva – continuavam no campo negativo hoje O Ibovespa começou o pregão desta sexta-feira em queda. Agentes econômicos continuam analisando o caso da Americanas, que ontem despencou após informar que encontrou rombo de R$ 20 bilhões. As medidas fiscais do novo governo e o IBC-Br abaixo da expectativa também estão no radar. O mercado acompanha ainda o início da temporada de balanços nos Estados Unidos.

Por volta das 11h10, o Ibovespa caía 1,15%, aos 110.561 pontos, com máxima intradiária de 111.847 pontos e mínima de 110.428 pontos. O volume de negócios projetado para o índice no dia era de R$ 20,47 bilhões. No exterior, o futuro do S&P 500 recuava 0,93% e o Stoxx 600 ganhava 0,18%.

Após cair 77,33% ontem, ação ON da Americanas avança no início do pregão, mas o papel, assim como ontem, passa a maior parte do tempo em leilão. Enquanto foi negociado normalmente, o papel começou em leve baixa, dando continuidade às perdas de ontem, mas em seguida passou a operar em alta na casa dos 11%, rondando os R$ 3 – ainda bem abaixo dos R$ 12 em que a ação trabalhava antes da notícia das “inconsistências contábeis”. Há pouco, avançava 6,99%, a R$ 2,91, antes de entrar novamente em leilão.

"Acredito que não existe espaço para compras de oportunidade nesse momento, já que ainda há muita incerteza”, afirma um analista ao Valor PRO. “É preciso entender, ao certo, o tamanho do problema e como a gestão vai tentar resolver, hoje não dá nem para fazer contas ainda. Comprar agora é cassino."

O ex-presidente da Americanas, Sergio Rial, se reúne hoje com executivos dos principais bancos brasileiros. O Valor informou ontem que deve haver uma rolagem de dívidas da companhia.

Os papéis dos bancos, que ontem já foram pressionados pela notícia da Americanas - já que as instituições podem precisar realizar baixa contábil expressiva – continuam no campo negativo hoje. Itaú PN (-1,19%), Bradesco PN (-1,46%), Santander units (-2,03%) e BTG Pactual units (-2,19%) operavam em queda.

Entre outras ações ligadas ao varejo eletrônico, Magazine Luiza ON subia 7,84%, Via ON avançava 6,10%, Méliuz ON operava em estabilidade e Grupo Soma ON caia 1,50%.

Ainda no radar dos investidores está o anúncio das medidas econômicas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizado ontem no final do pregão. Haddad disse que as iniciativas podem ter impacto de até R$ 242,6 bilhões, ou 2,26% do PIB, o que poderia transformar o atual déficit previsto no Orçamento de 2023 em superávit de R$ 11,13 bilhões. Ele reconheceu, porém, que pode haver dificuldades, e mirou em déficit primário de 0,5% a 1% no ano.

Outro fator de pressão pode ser o IBC-Br de novembro, divulgado pelo Banco Central na manhã de hoje. O indicador registrou queda de 0,55% ante outubro, enquanto a mediana das estimativas coletadas pelo Valor Data era de retração de 0,20%. O dado ficou também abaixo do piso das estimativas, que era de baixa de 0,50%.

No exterior, o foco é nos primeiros balanços de empresas americanas referentes ao quarto trimestre de 2022. Embora alguns bancos tenham superado as expectativas de lucro, a informação de que eles elevaram as provisões para cobrir perdas pressionava os ativos no pré-mercado dos Estados Unidos.

Divulgação/B3

Fonte: Valor Invest

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