Um forte aparato policial foi montado na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. Forças de segurança do Distrito Federal e de oito Estados estavam a postos desde as 16 horas desta quarta-feira, 11, por causa de um suspeitas de novo protesto, apesar da decisão do ministro Alexandre de Moraes autorizando a prisão de envolvidos em eventuais novos bloqueios. A megaoperação foi comandada pelo interventor federal da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, que negou as possibilidades de novos atos violentos na capital federal: “Não há hipótese de se repetir na capital federal o que aconteceu, os fatos inaceitáveis que aconteceram, no último dia 8. Então, muita coisa circulou na internet, muito cochicho, muita fake news. De ontem para hoje isso está crescendo, mas eu quero tranquilizar a população”.
Entre as ações desta quarta-feira, polícia do Exército foi deslocada para patrulhar o entorno do Palácio do Planalto, invadido e depredado no domingo, 8. A Esplanada dos Ministérios foi fechada com dezenas de viaturas policiais, helicóptero e reforço do batalhão de cães. Ônibus da Polícia Militar foram com capacetes, cassetetes e mais equipamentos de preparação para confrontos. Cappelli concedeu entrevista coletiva nesta quarta para anunciar um plano de ações que evitasse novos atos de violência no DF. Ele falou que haverá mobilização máxima das forças policiais, inclusive com apoio da inteligência da segurança pública federal mobilizado da nossa inteligência.
“Nós estamos com todo o efetivo de segurança pública do Distrito Federal mobilizado numa operação articulada com apoio da inteligência, da nossa inteligência, com apoio da inteligência da Polícia Federal, e com a colaboração de todo o nosso efetivo de segurança do DF, com Força Nacional, comandada pelo secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar. Todo o efetivo está mobilizado”, disse o interventor na entrevista. Questionado sobre a falha na segurança no dia 8, o interventor voltou a apontar a ausência do então secretário de Segurança Pública do DR, Anderson Torres, como principal erro: “O que houve, na minha opinião, e na opinião descrita na decisão do ministro Alexandre de Moraes, houve falta de comando, falta de liderança. A mesma secretaria de Segurança Pública, com os mesmos homens, conduziram uma operação exemplar no dia 1º de janeiro. A posse do presidente Lula foi uma operação de segurança exemplar”.
*Com informações da repórter Paula Lobão
Fonte: Jovem Pan