Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

valor

Taxa cobrada de lojista por uso de "maquininha" volta a subir após 6 anos

Imagem de destaque da notícia
Análise do UBS BB sobre setor de pagamentos também mostra maior uso da antecipação de recebíveis A reprecificação no setor de pagamentos levou a um ponto de inflexão nas taxas cobradas de lojistas. Em 2022, a MDR, a taxa de desconto que as empresas de “maquininhas” (credenciadoras ou adquirentes) recolhem dos clientes subiu após seis anos de contração, aponta análise do UBS BB.

A nota também mostra um aumento na penetração da antecipação de recebíveis, com expectativas mistas em relação à trajetória futura das taxas depois da elevação observada ao longo do ano.

Segundo a pesquisa, a MDR cresceu tanto no crédito (de 2,1% em outubro de 2021 para 2,8% em setembro de 2022) quanto no débito (de 1,3% para 1,6% na mesma comparação). “Acreditamos que essa tendência reflete todo o movimento de reprecificação na indústria de pagamentos durante o ano, motivado principalmente por maiores custos de "funding"”, diz o UBS BB, destacando a alta da Selic no período.

Essa é a 9ª edição pesquisa, que ouviu 465 lojistas brasileiros ao longo de setembro de 2022.

Outra conclusão é a de que, embora os pagamentos em parcelas tenham diminuído ligeiramente, a penetração do produto de antecipação de recebíveis cresceu. Ao todo, 59% dos lojistas anteciparam transações de cartões de crédito nos seis meses anteriores à pesquisa, contra 45% em outubro de 2021.

Segundo o banco, esse aumento pode ser explicado pela maior necessidade de capital de giro frente a incertezas macroeconômicas e possível falta de ofertas de crédito devido aos problemas enfrentados durante a implementação do sistema de registro de recebíveis de cartão.

Adquirentes continuam aumentando sua presença como os ofertantes preferidos de antecipação pelos lojistas. O percentual foi para 71%, de 69% um ano antes. Outros 25% dos entrevistados citaram os bancos como o canal preferido.

Após um ano de aumentos nas tarifas de pré-pagamentos praticadas pelas credenciadoras, 26% dos entrevistados esperam queda nos preços à frente, 27% esperam altas e outros 9% se dizem indecisos. Na visão do banco, essas tendências mistas refletem as incertezas quanto ao futuro da condução da política monetária.

A análise mostra ainda que a penetração dos cartões atingiu níveis recordes, enquanto o uso de dinheiro em espécie caiu, com o Pix e os QR Codes ganhando maior relevância. Outras conclusões apontam que os canais de distribuição dos bancos voltaram a ganhar relevância e que o apetite de crédito das adquirentes está limitado.

O UBS BB tem recomendação de “compra” para os papéis de Cielo e Mercado Pago (Mercado Livre) e “neutra” para os de Stone e PagSeguro.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fonte: Valor Invest

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis