Após uma série de informações conflituosas serem transmitidas pelos ministros da gestão petista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou a sua agenda oficial para os trabalhos de amanhã, sexta-feira, 6. O encontro entre os chefes das pastas começará às 9h30 no Palácio do Planalto e, de acordo com o mandatário, “só tem horário para começar”. Trata-se da primeira reunião ministerial da nova gestão federal e a expectativa é alinhar os anúncios para aparar arestas e estabelecer um caminho de comunicação e gestão entre os servidores. Após apenas quatro dias de governo (sem contar a posse), diversos ruídos atrapalharam o início do terceiro mandato do petista. O maior deles aconteceu entre Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. O presidente do PDT declarou que deseja rever a “antirreforma” da Previdência realizada em governos anteriores, o que derrubou a Bolsa de Valores no Brasil. Costa e Padilha desautorizaram Lupi e rechaçaram qualquer possibilidade de revisão ou mudança na atual legislação.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia dito que 30 dias de isenção de impostos sob combustíveis seriam suficientes. Lula, no entanto, determinou a prorrogação por mais 60 dias — o dobro de tempo estimado pelo ex-prefeito de São Paulo. A recém-empossada ministra do Planejamento, Simone Tebet, pontuou em seu discurso as diferenças econômicas existentes entre ela, Haddad, Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e Esther Dweck, ministra da Gestão. Tebet também deixou claro que queria ter assumido uma pasta na área social. Outro ruído causado pela emedebista foi sua frase sobre dificuldade em contratar mulheres negras para auxiliá-la no ministério. Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, prontificou-se e enmviou uma lista à colega. “Foi bom que agora está vindo um monte de currículo. Estou achando ótimo”, declarou a chefe do Planejamento. Na reunião, Lula também deverá solicitar aos ministros que apresentem medidas que possam ser adotadas já nos primeiros cem dias para destravar o país, em especial nas áreas de infraestrutura e ações sociais.
Jovem Pan