O advogado do policial militar José Pereira da Costa, suspeito de matar o italiano Fabio Campagnola na praia do Francês, em Marechal Deodoro, afirma que seu cliente cometeu o crime por legítima defesa. O homicídio ocorreu na última terça-feira (3) e o PM foi preso nesta quinta-feira (5), quando se apresentou à polícia.
O advogado de José Pereira, Napoleão Lima Junior, afirmou que o homem atirou no empresário italiano por legítima defesa: "A arma disparou em situação de legítima defesa. Se você tivesse sido socado por uma pessoa, você com uma arma de fogo naquele momento, como que você reagiria? Isso é situação de legítima defesa e está no artigo 25 do código penal", afirmou Napoleão Lima Júnior.
Segundo o advogado ainda, não há motivo para manter a esposa de José Pereira, Karla Kassiana Vanderlei Warumbi Cavalcanti, presa. A mulher foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva durante audiência de custódia pela Justiça. Segundo investigações da polícia, ela teria incentivado o homem a cometer o ato.
As investigações também apontam que o crime foi cometido após uma discussão entre a mulher do PM e o italiano por causa de um carrinho de churros. Isso porque, o casal queria colocar o equipamento para a venda do produto na porta da sorveteria de propriedade do italiano e Fábio Campagnola não havia autorizado.
Ao se entregar à polícia, o policial militar usou o direito de permanecer em silêncio e não relatou a sua versão sobre o crime. Ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de corpo delito e deve permanecer preso no quartel da Polícia Militar por prerrogativa da função.
O crime foi registrado por meio de videomonitoramento e mostra uma discussão entre o empresário italiano e o policial, momento em que o alagoano saca a arma e atira contra a vítima. Compagnola ainda tentou fugir dos disparos para se proteger, mas não resistiu e caiu ao chão, morrendo no local.