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Escolhido para a Petrobras afirma que política de preços dos combustíveis será alterada


Indicado nesta sexta-feira, 30, para o comando da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse que a política de preços dos combustíveis será alterada. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva é um crítico do atual mecanismo, que atrela o preço nacional ao valor do dólar e do barril de petróleo. Em conversa com jornalistas, Prates disse que a mudança “não necessariamente” irá “traumatizar investidor”. Ainda segundo o parlamentar, se houver alguma movimentação de preço nos próximos dias, será de redução.

“[A política de preços] Vai ser alterada, mas não necessariamente para traumatizar investidor ou retorno dos investimentos. Vai ser alterada porque a política do país vai ser alterada. De novo, para ser claro: a Petrobras faz políticas para os clientes dela. É uma empresa. Faz política de preços de acordo com o contexto do país. A mudança na política de preço, as diretrizes, como se formata o preço nacional, vai ser dada pelo consórcio do governo. Ministério da Fazenda, Minas e Energia, Petrobras também, porque é uma das principais empresas, Conselho Nacional de Política Energética”, disse. “O viés para um preço de derivados do petróleo é de baixa. Então, se tivesse que acontecer algum movimento da Petrobras em janeiro seria para baixar o preço, e não para subir. Por que? Porque o inverno europeu, no hemisfério norte, em geral, está declinando. Os contratos futuros já projetam um preço do Petróleo para baixo, e não para cima, e você ainda teria uma queda do dólar”, acrescentou Prates.

Na declaração dada à imprensa nesta sexta, Jean Paul Prates também afirmou que haverá uma “trégua” na cobrança de impostos sobre combustíveis – os tributos federais estão zerados até o sábado, 31. “A própria discussão da política de combustível também vai ganhar um trégua, provavelmente uma trégua de 30, 60 dias para segurar impostos e voltar com fato novo relevante”, resumiu o senador do PT. Para que a desoneração seja prorrogada para 2023, o governo precisa editar uma medida provisória (MP). Como a Jovem Pan mostrou, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que deixasse esta decisão para a gestão Lula. “Medidas que podem ser tomadas em janeiro não precisam ser tomadas de forma apressada agora. Nós vamos aguardar a nomeação do presidente da Petrobras. Estamos com expectativa em relação a muitas variáveis que impactam essa decisão, como a trajetória do dólar e do preço internacional do petróleo. Então, para a gente não tomar nenhuma decisão açodada, o governo atual se abstém e a gente com calma avalia”, disse na terça-feira, 27.

Jovem Pan

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