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Indígena, ex-jogadora de vôlei, empresário e filho de ex-deputado: Saiba são os ministros indicados para o novo governo

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Nesta quinta-feira, 29, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou os últimos nomes que vão comandar os ministérios do seu futuro governo. Com isso, 16 novos ministros se somam aos 21 já anunciados anteriormente. Lula prometeu a formação de uma equipe técnica e diversa, abrangendo representantes de partidos que o apoiaram durante as eleições de 2022. Ele ainda afirmou que este é o governo com o maior número de ministras da história do Brasil. A nova gestão terá 37 ministérios, 14 a mais do que o atual governo de Jair Bolsonaro (PL), que tem 23. Com esta configuração, o presidente eleito vai se aproximar do recorde de ministérios registrados na gestão de Dilma Rousseff (PT), quando a Esplanada dos Ministérios teve 39 pastas. Confira a trajetória dos ministros que entram no governo em 2023:

Gabinete de Segurança Institucional (GSI) – General Gonçalves Dias

Militar da reserva, Marcos Edson Gonçalves Dias foi líder da segurança pessoal de Lula nos dois primeiros mandatos do presidente, entre 2003 e 2009. No governo de Dilma Roussef (PT) atuou como chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional. Durante a campanha presidencial de 2022, ele voltou a atuar na equipe de segurança de Lula, acompanhando o petista em eventos por todo o país. No governo de transição, Dias foi indicado para participar do grupo de inteligência estratégica. Ele possui ainda mestrado em Operações Militares e em Ciências Militares.

Secretaria de Comunicação Social (SECOM) – Paulo Pimenta

Exerceu dois mandatos de vereador em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, antes de ser eleito deputado estadual. Formado em Comunicação Social e jornalismo, foi eleito deputado federal cinco vezes. Foi relator da CPI do Tráfico de Armas e da Medida Provisória dos Transgênicos. Participou da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional e a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Representou no congresso diversos projetos de lei, entre eles o de Apoio ao Estudante Fies (n. 4945/09), e a proposta de emenda constitucional que instituía a necessidade do diploma para o exercício profissional do jornalismo (n. 386/2009).

Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) – Carlos Fávaro

Com longa histórico no agronegócio, foi presidente de diversas associações do setor até ser eleito vice-governador do estado de Mato Grosso. Posteriormente, foi nomeado secretário de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso. Em 2018, foi eleito senador pelo Estado, tornando-se membro titular das comissões de Meio Ambiente (CMA), Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR). Aprovou um projeto de lei para o uso da aviação agrícola no combate a incêndios florestais, além de aprovar uma PEC que prevê a aplicação do mínimo de 30% do orçamento para candidaturas proporcionais femininas.

Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MDR) – Waldez Góes

Foi eleito duas vezes como deputado estadual pelo Amapá, antes de ser escolhido duas vezes como governador do Estado. Foi admitido à Ordem de Rio Branco e à Ordem do Mérito Militar pelo então presidente Lula. Conquistou mais dois mandatos como governador de Amapá.

Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) – André de Paula

Formado em direito, foi eleito deputado federal por Pernambuco sete vezes. Comandou as secretarias do Trabalho e Ação Social do e de Produção Rural e Reforma Agrária do Estado. Chegou a ser nomeado para a secretaria das Cidades, mas abriu mão para concorrer à Câmara dos Deputados. É presidente regional do Partido Social Democrático (PSD).

Ministério da Previdência Social (MPS) – Carlos Lupi

Atual Presidente Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), foi deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. Ocupou os cargos de secretário de transportes da prefeitura do Rio e secretário de governo do Estado do Rio. Foi indicado como Ministro do Trabalho e Emprego nos governos Lula e Dilma Rousseff. Tornou-se vice-presidente da Internacional Socialista, organização que reúne partidos de esquerda pelo mundo.

Ministério das Cidades (MCID) – Jader Filho

Empresário do ramo de comunicações, o paraense ocupou diversos cargos na política brasileira. Foi vereador de Belém, deputado estadual e federal, governador do Pará, além de exercer o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário e da Previdência Social no governo de José Sarney e assumir a presidência do Senado Federal. Liderou o MDB na Ditadura Militar brasileira, auxiliando processo de redemocratização do Brasil. É filho de Laércio Wilson Barbalho, político que teve seu mandato cassado em 1964, quando ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Pará.

Ministério das Comunicações (MC) – Juscelino Filho

Filho do ex-deputado estadual, Juscelino Rezende, o médico foi eleito deputado federal pelo Maranhão duas vezes. Tornou-se presidente do Diretório Estadual do Democratas no Maranhão.

Ministério de Minas e Energia (MME) – Alexandre Silveira

Um dos fundadores do PSD, foi presidente do partido no estado de Minas Gerais . Foi eleito deputado federal duas vezes. Durante o segundo mandato, assumiu as secretarias de Gestão Metropolitana e Saúde de Minas Gerais. Foi diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Foi eleito ao Senado por Minas Gerais.

Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) – Paulo Teixeira

Exerceu os cargos de Secretário Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo e Diretor-Presidente da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo. Também foi secretário de Transportes da cidade de São Paulo. Foi eleito vereador, deputado estadual e federal por São Paulo. Tornou-se líder do PT da Câmara em 2011.

Ministério do Esporte (MESP) – Ana Moser
Ex-jogadora de vôlei, fundou o Instituto Esporte e Educação. Foi eleita vice-presidente da Comissão Nacional de Atletas, alocado dentro do Ministério do Esporte. Atuou como conselheira do Conselho Nacional do Esporte e compôs o Grupo Técnico de Esporte do Gabinete de Transição.

Ministério do Meio Ambiente (MMA) – Marina Silva

Exerceu os cargos de vereadora de Rio Branco, deputada estadual, senadora pelo Acre e ministra do Meio Ambiente. Atuou junto a Chico Mendes no movimento sindical do Acre. Chegou a se candidatar à Presidência da República três vezes. Foi militante do Partido dos Trabalhadores (PT) por três décadas, defendendo as causas sociais e direitos humanos.

Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) – Simone Tebet

Filha do político Ramez Tebet, senador e ex-presidente do Congresso Nacional, começou a carreira como prefeita de Três Lagoas. Pelo Mato Grosso do Sul, já foi senadora, deputada estadual, secretária de governo e vice-governadora. Tornou-se forte representante da bancada ruralista e intercessora do agronegócio. Integrou a CPI da Covid-19 e foi escolhida como uma das 100 mulheres mais inspiradoras e influentes do mundo em 2022 pela BBC. Ficou em terceiro lugar nas eleições de 2022.

Ministério do Turismo (MTUR) – Daniela de Souza Carneiro

Exerceu o cargo de Secretária de Assistência Social e Cidadania de Belford Roxo. Foi eleita deputada federal pelo Rio de Janeiro por duas vezes, tornando-se a mais votada do Estado.

Ministério dos Povos Indígenas (MPI) – Sonia Guajajara
Da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, formada em letras e enfermagem, pós graduada em Educação Especial e deputada federal. Foi coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e candidata a vice-presidente em 2018 pelo PSOL. Em 2022, foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. É Coordenadora Executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e possui voz ativa no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.

Ministério dos Transportes (MT) – Renan Filho

Filho do senador Renan Calheiros (MDB), foi prefeito de Murici por dois mandatos, deputado federal, governador de Alagoas por dois mandatos e senador. Foi o político mais jovem a ser eleito governador da história do Estado. Formou-se em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília (UnB).

 

Fonte: Jovem Pan

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