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Bitcoin tem leve alta, mas não apaga queda de 3% em 7 dias

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Criptomoedas sofreram com a falta de melhora no ambiente macro e a desconfiança em torno das corretoras centralizadas O bitcoin (BTC) e o ethereum (ETH) operam em alta nesta sexta-feira (23), mas não apagam o desempenho negativo nos últimos sete dias. Nesse período, o bitcoin caiu 3%, enquanto o ether marcou perdas de 3,4%. A próxima semana está esvaziada de indicadores macroeconômicos devido aos feriados de Natal e Ano-Novo.

Hoje, por outro lado, houve a divulgação de um dado importante, o índice de preços de gasto com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em novembro. O núcleo do PCE, que exclui os preços de alimentos e energia, que são os mais voláteis da cesta, cresceu 0,2% no mês passado na comparação com o anterior. Na base anual, o núcleo do PCE registrou expansão de 4,7%. O número veio em linha com o projetado pelos economistas do mercado financeiro. Considerando alimentos e energia, por sua vez, o aumento da inflação foi de 0,1%, chegando a 5,5% na comparação anual.

Perto das 18h37 (horário de Brasília) o bitcoin tem leve variação positiva de 0,1% em 24 horas, cotado a US$ 16.815 e o ether, moeda digital da rede ethereum, tem ganhos de 0,5% a US$ 1.221, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 844 bilhões. Em reais, o bitcoin registra leve baixa de 0,27% a R$ 87.260 e o ether fica estável a R$ 6.329, de acordo com valores fornecidos pelo MB.

Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,53% a 33.203 pontos, o S&P 500 registrou alta de 0,59% a 3.844 pontos e o Nasdaq, focado em empresas de tecnologia, avançou 0,21% a 10.497 pontos.

Segundo Lucca Benedetti, analista do MB, o mercado esteve lateralizado na última semana, respondendo a alguns fatores macro como o alargamento da banda de controle da taxa de juros do Japão. “Isso implica em ser mais vantajoso para o investidor japonês deixar o dinheiro no próprio país. O movimento faz com que o mercado reprecifique várias coisas, como investimento em venture capital, porque o investidor japonês tem esse perfil de colocar muito dinheiro fora do país”, explica.

Para a semana que vem, Benedetti não acredita que tenha muito movimento. O final de ano mais lento se deve em partes porque não ocorreu nada de concreto em relação à desconfiança que pesava sobre o balanço da Binance e de outras corretoras. “Todas aquelas coisas que se colocaram na mesa nas últimas semanas em relação a risco de contágio da FTX e novas exchanges quebrando acabaram não se tornando verdade. Entendemos que vai continuar assim até o final do ano”, projeta.

No próximo ano, Benedetti espera uma continuidade de um processo de lateralização ou queda, com possível melhora do cenário macro. Só em 2024, na avaliação dele, a proximidade do halving (evento que ocorre mais ou menos de quatro em quatro anos quando a recompensa dos mineradores de bitcoin cai pela metade) pode levar a uma alta mais expressiva do bitcoin e também das outras criptomoedas.

No noticiário cripto, o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, novamente ganhou as manchetes depois de ser liberado para prisão domiciliar após pagar uma fiança de US$ 250 milhões. Nicolas Roos, promotor de Nova York, descreveu como “a fiança pré-julgamento mais alta de todos os tempos”. Bankman-Fried é acusado de desviar recursos de clientes da FTX para sua outra empresa, a Alameda Research.

Fonte: Valor Invest

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