Foi pronunciado a júri popular, nessa segunda-feira (19), o segurança João Victor Moraes Lima. Ele foi preso em maio deste ano, acusado de ter assassinado um jovem de 26 anos e baleado outra pessoa, durante uma festa no bairro Santa Lúcia, em Maceió. Na mesma decisão, o juiz José Braga Neto concedeu liberdade para o réu.
Em depoimento à polícia, João Victor disse que viu a vítima com uma garrafa de vidro quebrada na mão indo em sua direção, e, ao pedir para ela se afastar por três vezes, visto que já tinha deflagrado disparo de arma de fogo para o alto, a vítima continuava em sua direção. Não restando outra alternativa, disparou em direção à perna dela.
Ele disse ainda que os demais participantes da festa, juntamente com a vítima, o agrediram e tentaram retirar a arma de fogo de suas mãos, e, ao tentar se esquivar, a arma disparou novamente em direção à vítima que morreu. João Victor ressaltou que só retirou a arma quando não viu outra alternativa, visto que estava sendo bastante agredido.
Contudo, o magistrado entendeu que esta tese de legítima defesa apresentada pelo réu não assiste razão. "Entendo não ser possível o acolhimento da tese aventada em razão de que as provas apresentadas, especialmente o vídeo do momento do delito, demonstram que o acusado deixou de utilizar moderadamente os meios necessários para cessar a agressão", concluiu Braga Neto.
Jonathan Gomes da Silva, conhecido pelo apelido de "Zé", de 26 anos, foi atingido por dois tiros, sendo um nas costas e outro no quadril. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na hora.
