A Rússia voltou a lançar ataque contra a capital ucraniana, Kiev, nesta sexta-feira, 16. Segundo fontes oficiais, foram lançados de 60 a 70 projéteis que obrigaram ao acionamento de sirenes antiaéreas em 16 províncias do país. Segundo a administração militar da região, esse é um dos maiores “dos maiores ataques com mísseis” na cidade desde o início da invasão russa no fim de fevereiro. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, pediu aos moradores da cidade que permaneçam em abrigos e afirmou que o ataque “segue em curso”. Os ataques também provocaram a suspensão do serviço de metrô para que as estações sejam utilizadas como refúgio. O ataque provocou interrupções no fornecimento de água e cortes de energia em diversas localidades do país, e deixou duas pessoas mortas e cinco feridas em Kryvyi Rig, sul da Ucrânia, e uma pessoa morta em Kherson, e outras três ficaram feridas. Kharkiv e Zaporizhia também foram atingidas. No centro do país, em Poltava, o prefeito Oleksandre Mamai pediu à população para desligar “todos os aparelhos elétricos” porque o ataque seguia em curso. Kremenchuk, 100 km ao oeste, também ficou no escuro. Na região de Luhansk, controlada por Moscou no leste da Ucrânia, as autoridades designadas pela Rússia anunciaram que oito pessoas morreram e 23 ficaram feridas em bombardeios ucranianos.
“Outra série de bombardeios em massa contra as infraestruturas de energia. Teremos cortes de energia elétrica de emergência”, afirmou o ministro da Energia, German Galushenko, no Facebook. Após os ataques, o chefe da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu aos aliados ocidentais que entreguem mais armas ao país. Os sistemas antiaéreos foram acionados em todo território ucraniano e as autoridades pediram aos moradores que permaneçam em suas casas. Nos últimos meses, a Rússia sofreu uma série de reveses militares no sul e nordeste da Ucrânia e o ocidente anunciou uma nova ajuda, de um bilhão de euros, para Volodymyr Zelensky consiga reconstruir as infraestruturas energéticas. Desde então, Moscou optou por bombardear as instalações de energia do país, o que deixa milhões de ucranianos sem luz e calefação em um período de temperaturas gélidas. Nesta sexta, por exemplo, as temperaturas oscilavam entre um e três graus abaixo de zero. Na quarta-feira, 14, a cidade já tinha sido alvo de 13 drones explosivos, mas o exército ucraniano afirmou que derrubou todos os aparelhos. Diante dos últimos ataques, o comandante das Forças Armadas, Valery Zaluzhny, declarou na quinta-feira que prevê uma nova ofensiva russa contra Kiev nos primeiros meses de 2023.
Fonte: Jovem Pan