A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) justifica que as passagens recentemente se tornaram mais caras aos consumidores por causa da alta no querosene de aviação, que subiu quase 50%, somente neste ano, e tem um peso significativo nos custos das companhias, que chega a mais de 40%. O levantamento feito pela Abear, apontou que há um problema na formação do preço do querosene no mercado interno. O combustível nas refinarias brasileiras custa 5% mais do que o produto nas refinarias norte-americanas. Para as empresas, o custo no Brasil é 32% maior do que para as companhias aéreas da América do Norte. Segundo o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, a atual política de paridade de preços da Petrobras pressiona os custos das empresas e o preço das passagens aéreas. Sanovicz argumenta que não se justifica ter preços internacionais para o querosene de aviação, que tem boa parte da produção em território nacional. A estimativa da Abear é de que mais de 90% do combustível consumido pelas companhias aéreas é produzido no Brasil.
“O levantamento que a Abear fez com uma pesquisa bastante profunda entre os custos norte-americanos e brasileiros, mostra que a diferença entre o preço de querosene de aviação no Brasil e nos Estados Unidos está em pouco mais de 32%. Isso mostra o quanto no Brasil nós precisamos rever a política de precificação praticada pela Petrobras e com isso garantir um preço mais barato de querosene, compatível com os custos brasileiros e retomar a acessibilidade da aviação para o conjunto da sociedade. Acessibilidade essa que foi comprometida ao longo dos últimos anos, quando este item disparou mais de 120%”, afirmou o presidente da Abear.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
Fonte: Banda B