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Quem é Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula

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Nome de confiança do presidente eleito, o ex-governador do Maranhão já presidiu a Associação Nacional de Juízes Federais, foi secretário-geral do CNJ e agora terá a missão de manter diálogo com o Judiciário e as polícias Considerado por Luiz Inácio Lula da Silva uma liderança da esquerda brasileira e fiador da gratidão do presidente eleito, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) seguirá o destino que lhe era desenhado desde a campanha: será o ministro da Justiça e Segurança Pública do novo governo, confirmando o que já era dito nos bastidores.

À frente do ministério mais antigo do Brasil, Dino terá a missão de manter um bom diálogo do Executivo com o Poder Judiciário e lidar com as polícias de todo o Brasil, instituições que sofreram grande influência do bolsonarismo nos últimos anos.

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Dino se encaixa no perfil definido por Lula para as principais pastas da Esplanada, segundo interlocutores do presidente eleito. É um quadro experiente, com grande conhecimento técnico e ampla capacidade de interlocução política. Além de ter governado o Maranhão por oito anos, atuou nos três Poderes da República. Nos anos de maiores dificuldades enfrentadas por Lula, Dino foi um conselheiro jurídico e uma ponte com o Judiciário. Com isso, relatam aliados, conta com gratidão do petista.

Em sua carreira política, acabou com a hegemonia da família Sarney no Maranhão. Mas, na última eleição, os dois grupos estiveram no mesmo palanque.

Flávio Dino de Castro e Costa nasceu em São Luís no dia 30 de abril de 1968. Formou-se em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em 1991, e dois anos depois voltou à instituição como professor.

Foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) de 1987 a 1994, quando passou, em primeiro lugar, no concurso para juiz federal no Maranhão. Como magistrado, presidiu a Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe) e foi secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em 2006, Dino decidiu abandonar a magistratura e ingressar na política filiando-se no PCdoB. Nas eleições daquele ano, se elegeu deputado federal. Em 2008, apoiado por Lula, concorreu à Prefeitura de São Luís e acabou derrotado no segundo turno por João Castelo (PSDB), candidato apoiado pelo ex-presidente José Sarney (MDB).

Nas eleições de 2010, foi derrotado mais uma vez pelo clã Sarney ao perder para Roseana também no segundo turno. O pleito marcou um arranhão na relação com o PT. Meses antes da eleição, o partido decidiu apoiar Dino, mas uma decisão do Diretório Nacional definiu embarcar na candidatura de Roseana Sarney, que foi líder do governo Lula no Senado.

Em 2011, foi nomeado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para comandar a Embratur. Dino presidiu o órgão até março de 2014, quando resolveu se candidatar mais uma vez ao governo de seu Estado.

E foi na eleição de 2014 que Flávio Dino fez história. Além de acabar com a hegemonia da família Sarney no Maranhão, com 63% dos votos, Dino se tornou o primeiro e até hoje único governador eleito pelo PCdoB.

Quatro anos depois foi reeleito, novamente no primeiro turno, com 58% dos votos. A vitória marcou mais uma vez um triunfo de Dino sobre o grupo de Sarney. Dessa vez, ele venceu a ex-governadora Roseana Sarney. Em ambas as eleições para o governo, Dino não teve o apoio do PT, que ficou sempre ao lado da tradicional família política do Maranhão.

Em 2021, o então governador anunciou sua desfiliação do PCdoB e em seguida se filiou ao PSB. Na época, Dino chegou a ser cogitado como possível vice na chapa de Lula. O cargo acabou ficando com o partido, na figura de Geraldo Alckmin, e Dino foi eleito senador pelo Maranhão.

Mas, pelo menos neste primeiro momento, o destino de Flávio Dino não será o Senado. Do Ministério da Justiça, ao lado do Congresso, ele terá a missão de construir a ponte que atravessará a Praça dos Três Poderes conectando Executivo e Judiciário.

Flavio Dino

Denio Simoes/Valor

Fonte: Valor Invest

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