Juiz da Suprema Corte de Investigação Preparatória do Peru, Juan Carlos Checkley decretou sete dias de prisão preventiva para o presidente deposto do país, Pedro Castillo, nesta quinta-feira, 8. Ele foi acusado de rebelião e conspiração após tentativa frustrada de autogolpe de Estado. A resolução do magistrado também prevê que o prazo de prisão preventiva vigore de 7 a 13 de dezembro. O Ministério Público peruano considerou que há risco de fuga e citou o artigo 45 da lei do Peru que estabelece que “nenhuma pessoa, organização ou força armada pode assumir o exercício do poder do Estado, o que constitui crime de rebelião ou sedição. Também há rebelião quando há mudança na forma de governo, e ele quis fazer um governo de emergência, dissolveu o congresso da república, convocou eleições para estabelecer um congresso constituinte”, escreveu os representantes em decisão judicial. O documento ainda afirma que vários atos criminosos relacionados à corrupção foram divulgados através de meios de comunicação nos quais Castillo teria participado como suposto líder de uma organização criminosa que havia se entrincheirado nas esferas do Poder Estatal. O presidente deposto já havia sido preso na quarta-feira, 7, após tentar de dissolver o Congresso do país, após ser acusado de atos de corrupção. Entretanto, o plenário do Parlamento, em sessão extraordinária, aprovou a destituição do político do cargo. Ele tentou fugir mas foi detido por policiais, que apontaram uma arma e declararam a prisão. Castillo foi transportado de helicóptero da prefeitura de Lima até a base da Diretoria de Operações Especiais da polícia, no distrito de Ate, onde deverá ficar recluso por até 15 dias, sob investigação. Do lado de fora da delegacia, apesar do tumulto, ocorreram apenas confrontos de pequena escala entre os manifestantes e a tropa de choque. Legisladores enfatizaram ainda que o clima segue tranquilo no país e que não há qualquer movimentação das Forças Armadas. Como a Jovem Pan mostrou, com a decisão do Congresso, a vice-presidente Dina Boluarte foi convocada para assumir o cargo. Ela será a primeira mulher a assumir o cargo.
Fonte: Jovem Pan