Foi sepultado na tarde desta terça-feira (6), o corpo do empresário Marcelo Barbosa Leite, morto por tiro de fuzil durante uma abordagem policial em Arapiraca. O sepultamento aconteceu no Cemitério Pré-Vida, na Rodovia AL-115, no referido município.
O corpo de Marcelo foi recebido com palmas por parentes e amigos. Algumas pessoas usavam uma camiseta com uma foto do empresário e uma frase pedindo justiça.
Nesta terça-feira, a defesa do empresário afirmou, em entrevista a TV Gazeta, que conseguiu imagens de câmeras de segurança, de estabelecimento próximo ao local da abordagem, e que podem ajudar a esclarecer como a abordagem ocorreu.
A Corregedoria da Polícia Militar informou que ainda não tem conhecimento sobre as imagens, mas que irá adicioná-las as investigações, quando as receber.
Marcelo Barbosa tinha 31 anos, era casado e muito conhecido na cidade. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, durante uma abordagem policial, nas imediações do 3° Batalhão da PM, na AL-220, em Arapiraca, no dia 14 de novembro.
O disparo de fuzil que atingiu o empresário foi disparado contra a traseira do veículo, transfixou o banco e o atingiu nas costas.
Devido ao tiro, Marcelo perdeu um rim, o baço e parte do intestino. Ele ficou dias internado no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, depois foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia, em Maceió.
Após apresentar complicações no quadro de saúde, Marcelo foi transferido para uma UTI do Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo. Na última sexta-feira (2), o empresário ainda passou por uma cirurgia, mas não resistiu e faleceu na madrugada de segunda-feira (5), após 21 dias lutando pela vida.
Seis policiais que participaram da abordagem na qual o empresário foi baleado estão sendo investigados. Segundo a versão contada por eles, Marcelo estava em alta velocidade, não obedeceu a ordem de parada e ameaçou a guarnição com uma arma de fogo.
A família contesta a versão dos policiais e afirma que o empresário não tinha arma de fogo e que teria condições de possuir uma arma de forma legal, se assim quisesse.
O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), Gustavo Xavier, designou três delegados para investigarem o caso: Filipe Ferreira Rodrigues Caldas, presidente da comissão, Sidney Walston Tenório de Araújo e Cayo Rodrigues da Silva.