Está marcado para essa terça-feira, 6, a audiência em que será anunciado o veredito do caso em que Cristina Kirchner é acusada de corrupção. Atual vice-presidente da Argentina, Cristina ocupou a presidência em dois mandatos, entre 2007 e 2015, período no qual é acusada pelo Ministério Público do país de conceder contratos de obras públicas de forma fraudulenta. Cristina teria favorecido o empresário Lázaro Báez, considera próximo de sua família. Há outros 12 réus no julgamento, entre eles Julio De Vido, ex-ministro do Planejamento, e José Lopez, ex-secretário de Obras Públicas. A Justiça ouviu 114 testemunhas em 117 audiências. Na última, realizada terça-feira da semana passada, Cristina Kirchner acusou o tribunal que a julga de ser um “verdadeiro pelotão de fuzilamento” e disse que promotores inventaram e deturparam fatos que a insultaram e que o julgamento tem objetivo político contra o peronismo, de centro-esquerda.
Manifestações contra e de apoio à vice-presidente tem sido registradas em frente ao tribunal e entrada do senado argentino. O Ministério Público pede 12 anos de prisão e a inabilitação política de Cristina Kirchner. Entretanto, o julgamento desta terça é de primeira instância e, como vice-presidente da Argentina, ela conta com foro privilegiado até que haja uma sentença final. Na última segunda-feira, 5, o presidente Alberto Fernandes ordenou a abertura de uma investigação sobre uma suposta viagem que teria sido feita secretamente por um grupo de empresários de mídia, promotores e juízes. Entre os alvos está Julián Ercolini, que conduziu o processo que pode condenar Cristina Kirchner.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
Fonte: Jovem Pan