A Rússia afirmou que não aceitará o teto de preço do petróleo determinado pelo G7, que reúne sete das maiores economias do mundo, e a União Europeia (UE). O Kremlin afirma que está preparando uma resposta em relação ao acordo das potências ocidentais, segundo o porta-voz Dmitry Peskvov. O valor máximo do barril foi fixado em US$ 60. Esta foi a primeira reação do governo russo após o acordo entre G7 e UE para definir o valor limite, que proibirá empresas dos países signatários ofereçam serviços que autorizem a entrega de petróleo russo no mundo, caso o produto seja vendido acima do preço estabelecido. “Agora estamos analisando. Certas preparações foram feitas para tal teto. Iremos informar como será a organização dos trabalhos, após a análise, que será feita rapidamente”, disse Peskov. No mês passado, um decreto presidencial visando proibir empresas russas e demais comerciantes de petróleo do país de revender o petróleo para quem participasse da negociação de limite de preço. A medida proibiria qualquer referência a um teto preço e o envio do produto para os países que adotarem as restrições. Uma medida da UE, que visa o embargo à maioria das importações de petróleo russo se inicia na segunda-feira, 5.
O presidente ucraniano Volodimir Zelensky fez críticas em relação ao valor estipulado. Segundo Zelensky, a decisão é “confortável para o orçamento do Estado terrorista”. Na visão do chefe do Executivo da Ucrânia, o valor deveria ser duas vezes mais baixo. “”O lógico seria estabelecer um preço máximo para o barril de petróleo russo de US$ 30, ao invés de US$ 60, como propuseram Polônia e os países bálticos”, afirmou. “É apenas uma questão de tempo até nos equiparmos com ferramentas mais fortes. É uma pena o tempo que estamos perdendo”, completou Zelensky. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, afirmou que o limite vai beneficiar os países de baixa e média renda que tiveram prejuízos com a alta dos preços de energia e alimentos. “Com a economia da Rússia já se contraindo e seu orçamento cada vez mais apertado, o teto de preço reduzirá imediatamente a fonte de receita mais importante do (presidente Vladimir) Putin”, disse. A embaixada da Rússia nos Estados Unidos chama a decisão de “movimento ocidental perigoso”, dizendo que Moscou deverá continuar a encontrar compradores do seu petróleo. “Medidas como essas resultarão inevitavelmente em incerteza crescente e impondo custos mais altos para os consumidores de matérias-primas. Independentemente dos flertes atuais com o instrumento perigoso e ilegítimo, estamos confiantes de que o petróleo russo continuará sendo procurado”, afirmou.
Jovem Pan