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China começa a flexibilizar a rígida política de "covid zero" após onda "incomum" de protestos

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As autoridades chineses se mostraram abertas a flexibilizar a rígida política de covid zero, presente há quase três anos no país, após os protestos que tomaram conta das ruas de várias cidades do país no final de semana. Em um discurso na quarta-feira, 30, para a Comissão Nacional de Saúde (CNS), a vice-primeira-ministra, Sun Chunlan, afirmou que a variante ômicron do vírus perde força e a vacinação está aumentando, segundo a agência estatal de notícias Xinhua. A vice-premiê disse que existe “uma nova situação, que exige novas tarefas”. Na terça, as autoridades anunciaram a aceleração da vacinação em idosos – apenas 65,8% da população com mais de 80 anos completaram o esquema vacinal. A irritação com a política anticovid da China, que inclui confinamentos severos, gerou protestos em grandes cidades como Pequim, Xangai e Guangzhou. O governo defendeu a repressão às manifestações, mas as autoridades também deram sinais de mudanças na estratégia de combate à pandemia, entre elas, por exemplo, está a não obrigatoriedade de idosos e pessoas que estudam ou trabalham de maneira remota precisarem passar por exames diários de testes PCR. Essa medida vale para Pequim, e os moradores da cidade vão precisar apresentar um teste com resultado negativo de menos de 48 horas para ter acesso aos locais públicos.

Em Guangzhou, um importante centro industrial, foi suspensa a necessidade de confinamento de várias semanas. Chongqing permitiu que os contatos próximos de pessoas com Covid-19 podem permanecer em quarentena em casa desde que cumpram alguns requisitos, uma mudança nas regras que os obrigavam a seguir para instalações de isolamento. Essas mudanças vêm em um momento em que a China enfrenta a pior onda de Covid-19 na pandemia. Nesta quinta-feira foram registrados 35.800 casos – a grande maioria assintomáticos – em um país de 1,4 bilhão de habitantes. Alguns analistas consideram que essas alterações podem resultar no fim da política rígida de ‘covid zero’. “Acreditamos que as autoridades chinesas estão mudando para uma postura de ‘conviver com a covid’, como demonstram as regras que permitem o isolamento das pessoas em casa, e que não sejam levadas para centros de quarentena”, afirma um comunicado de analistas da ANZ Research. Protesto como os registrados na China nos últimos dias não eram observados desde o movimento pró-democracia de 1989. Não é comum que a China registre manifestações em todo o território.

*Com informações da AFP

Fonte: Jovem Pan

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