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Itália

Cardeal investigado por fraude grava escondido conversa com papa Francisco

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O cardeal da Itália Angelo Becciu, que está sendo investigado por fraude, gravou escondido uma conversa telefônica que teve com o papa Francisc em 24 de julho de 2021, informou a imprensa italiana nesta sexta-feira, 25. A gravação aconteceu três dias antes do início do seu julgamento e quando o pontífice havia acabado de passar por uma importante operação do cólon. O áudio não foi tornado público, mas uma audiência no tribunal do Vaticano revelou nesta quinta-feira sua existência. No telefonema com o papa, o cardeal Becciu pede ao pontífice que confirme que aprovou o desbloqueio dos fundos para libertar uma religiosa colombiana detida por um grupo ligado à Al-Qaeda no Mali. “Você me deu, ou não, a autorização para iniciar as operações de libertação da religiosa?”, perguntou o bispo Becciu. “Tínhamos estabelecido o resgate em 500 mil euros, não mais do que isso, porque nos parecia imoral dar mais dinheiro para os terroristas. Acho que já o havia informado de tudo isto… Se lembra?”, continua. Segundo a transcrição, publicada, entre outros veículos, pelo jornal italiano “Il Messaggero”, o papa responde que se lembra “vagamente”. O pontífice argentino pede, então, que Becciu faça-lhe a pergunta por escrito. A ligação foi gravada no apartamento de Becciu por uma pessoa próxima, segundo o tribunal.

Becciu, de 74 anos, é um ex-conselheiro próximo do papa, mas foi afastado de seu cargo e destituído de seus privilégios como cardeal em setembro de 2020, na esteira de um escândalo sobre um acordo imobiliário em Londres. Ele alega ser inocente. Várias pessoas passaram pelo Tribunal Penal do Vaticano desde julho de 2021 por acusações de fraude, malversação, abuso de poder, lavagem de dinheiro, corrupção e extorsão. Entre elas, está Cecilia Marogna, uma intermediária contratada por Becciu como consultora de segurança. Ela é acusada de ter gastado 575 mil euros do Vaticano em hotéis e produtos de luxo. Segundo os promotores, os recursos entregues a Marogna – conhecida como “a dama do cardeal” na imprensa italiana – deveriam ter sido usados para ajudar a libertar padres e freiras mantidos como reféns no exterior.

*Com informações da AFP

Fonte: Jovem Pan

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