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O Morgan Stanley também está entre os bancos que se beneficiam dos saques de fundos do Credit Suisse, segundo fontes O UBS teve ingressos significativos de clientes que saem do Credit Suisse em seu negócio de gestão de patrimônio na região Ásia-Pacífico nos últimos três meses, em meio à crise de confiança que abala o rival. Centenas de clientes ricos buscaram colocar seu dinheiro no UBS na importante região de crescimento, e o banco planeja realocar funcionários para lidar com a expansão das contas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas. Leia também: Credit Suisse tem resgate de R$ 4,5 bi no Brasil em outubro, na esteira da reorganização do grupo no exteriorO Morgan Stanley também está entre os bancos que se beneficiam dos saques de fundos do Credit Suisse, disseram as pessoas. Os saques de clientes são um grande revés para o Credit Suisse, em um momento em que o banco suíço passa por uma transformação interna, com foco maior em private banking.Os bancos globais travam uma concorrência acirrada por uma parcela maior da riqueza asiática, e competem para contratar consultores que podem trazer bilhões de dólares em ativos de clientes. Porta-vozes do UBS, Credit Suisse e Morgan Stanley não quiseram comentar.Os clientes do Credit Suisse sacaram até 84 bilhões de francos suíços (US$ 89 bilhões) do banco globalmente durante as primeiras semanas do atual trimestre, possivelmente o pior êxodo desde a crise financeira e contribuindo para uma previsão de prejuízo no período. As saídas foram particularmente pronunciadas na área de gestão de fortunas, onde chegaram a 10% dos recursos sob gestão. Embora tenham sido “substancialmente reduzidos em relação aos níveis elevados das duas primeiras semanas de outubro de 2022”, os saques ainda não foram revertidos, disse o banco na quarta-feira (23). O Citigroup recentemente contratou quatro profissionais do Credit Suisse em Hong Kong para impulsionar a gestão de riqueza no centro financeiro asiático. O Deutsche Bank também contratou o executivo veterano do Credit Suisse Jin Yee Young como chefe de private banking internacional na região Ásia-Pacífico.Chris J. Ratcliffe/Bloomberg