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Jornal da Manhã

Morte de jovem curda intensifica instabilidade social e política no Irã

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Segundo a Agência da ONU para Direitos Humanos, o número de manifestantes mortos pela repressão do governo iraniano já passa de 300. O país vive em instabilidade política a anos, mas o estopim para os novos protestos foi a morte de Mahsa Amini. A jovem curda de 22 anos foi presa no final do mês de setembro por uso inadequado do véu islâmico, obrigatório no país. Desde então, a população do Irã tem ido às ruas para pedir mais liberdade às mulheres e respeito aos direitos humanos. O jogo da Copa do Mundo entre Inglaterra e Irã nesta semana também foi marcado por protestos dentro e fora do campo. Atletas se recusaram a cantar o hino e placas com as cores da bandeira do país clamavam por mais liberdade. Em entrevista à Jovem Pan News, o professor da PUC do Paraná e especialista em relações internacionais, Eduardo Saldanha, avaliou que a situação no país persa é difícil sobretudo porque as informações são censuradas e explicou como a comunidade internacional pode atuar no aspecto jurídico.

“Essas decisões não podem ser autoritárias. Por isso, é necessária uma apuração e o devido processo legal para que possam ser adotadas medidas punitivas com relação ao Irã. Essas medidas punitivas são devido a violações aos direitos humanos que estão previstos na carta da ONU. Portanto, eu não posso a partir do clamor popular imediatamente adotar uma medida”, explicou. Em 1969, a chamada Revolução Iraniana mudou os rumos da nação, quando o país se tornou uma república baseada nos preceitos islâmicos.

O professor Saldanha destacou a complexidade de um Estado que não é laico e acaba por se basear na interpretação que uma liderança tem a respeito das escrituras sagradas: “Se eu tenho uma exacerbação interpretativa, interpreta-se da forma como se bem entende”. Nesta terça-feira, 22, o Irã disse ter aumentado o enriquecimento de urânio na usina nuclear Fordow para 60%. A medida foi tomada depois de uma nova resolução de censura ter sido aplicada ao país por falta de cooperação e transparência no programa nuclear com a Agência Internacional de Energia Atômica.

*Com informações da repórter Camila Yunes

Fonte: Jovem Pan

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