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COP27

"Vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência", diz Lula ao defender furar o teto de gastos

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Em fala na COP27, no Egito, nesta quinta-feira, 17, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a fazer declarações contra a responsabilidade fiscal e o teto de gastos. O petista participava de conversa com movimentos sociais quando afirmou que “não adiantar ficar pensando só em responsabilidade fiscal” e que quando se fala em “responsabilidade social” o mercado reage negativamente: “Se eu falar isso, vai cair a bolsa, o dólar vai aumentar? Paciência. O dólar não aumenta e a bolsa não cai por conta das pessoas sérias, mas por conta do especuladores que vivem especulando todo santo dia”. Ao criticar o teto de gastos, Lula afirmou que setores importantes são prejudicados com a limitação: “Quando você coloca uma coisa chamada teto de gastos, tudo o que acontece é você tirar dinheiro da saúde, da educação, da cultura”. As falas foram feitas enquanto o presidente eleito explicava as críticas que fez ao mercado no dia 10 de novembro, que geraram repercussões negativas: “Eu fui fazer um discurso para os deputados e eu fazia o discurso que eu dizia na campanha, sabe?”.

As novas declarações contra o teto de gastos vem no dia seguinte do anúncio da PEC de Transição, entregue nesta quarta, 16, pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) ao presidente da Câmara, Arthur Lira, e ao relator-geral do Orçamento 2023, Marcelo Castro (MDB). A proposta que visa manter o pagamento do maior programa de distribuição de renda do país, o Auxílio Brasil – que voltará a se chamar Bolsa Família – em R$ 600, além do pagamento de R$ 150 adicionais caso os pais tenham filhos de até seis anos de idade. A ideia é que o programa social fique fora do teto de gastos, com um valor calculado em R$ 175 bilhões. Além do Bolsa Família fora do teto, a proposta deve permitir a destinação de R$ 22 bilhões de excesso de arrecadação para investimentos. Ou seja, se aprovada pelo Congresso Nacional, a emenda à Constituição irá permitir um furo de R$ 197 bilhões, o que não agradou parte dos investidores do mercado financeiro e fez com que o dólar chegasse ao pico de R$ 4,50 nesta quinta.

Ainda na Cúpula do Clima, Lula também abordou o agronegócio e defendeu que os bons empresários sabem da importância da preservação do meio-ambiente: “Eu não me preocupo em dizer: ‘O agronegócio não gosta do Lula’. Eu não quero que goste, eu só quero que me respeite como eu respeito eles. O verdadeiro empresário do agronegócio sabe que não pode fazer queimada em lugar que não pode queimar, não pode derrubar. O verdadeiro empresário do agronegócio, ele tem compromisso porque ele sabe que a nível internacional se paga um preço se a gente for irresponsável”. O presidente eleito também ressaltou que a luta contra a pobreza e a desigualdade está diretamente relacionada com a luta contra o aquecimento global e que cabe aos países ricos arcarem com os custos para frear as mudanças climáticas: “Cem bilhões de dólares foram prometidos em 2009, em Copenhague e, sinceramente, as pessoas parecem que esquecem (…) A dívida precisa começar a ser paga se a gente quiser criar as condições para os países que têm floresta, que ainda têm muita água potável, que têm, ainda, uma grande fauna. Ou seja, que esses países sejam recompensados para que eles possam cuidar daquilo com o carinho que a humanidade precisa e necessita”.

Fonte: Jovem Pan

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