A Polônia disse nesta quarta-feira, 16, que não há “absolutamente nenhuma indicação” de que um míssil que caiu em terras agrícolas polonesas, matando duas pessoas, foi um ataque intencional ao país, que é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e que a vizinha Ucrânia foi quem provavelmente disparou o projétil da era soviética ao se defender de um ataque aéreo russo que destruiu sua rede elétrica. “A defesa da Ucrânia estava lançando seus mísseis em várias direções e é altamente provável que um desses mísseis, infelizmente, tenha caído em território polonês”, disse o presidente do país, Andrzej Duda. “Não há nada, absolutamente nada, que sugira que tenha sido um ataque intencional à Polônia.” O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em reunião da aliança militar em Bruxelas, concordou com a avaliação. “Uma investigação sobre este incidente está em andamento e precisamos aguardar seu resultado. Mas não temos indicação de que isso foi resultado de um ataque deliberado”, disse Stoltenberg a repórteres.
As conclusões preliminares foram divulgadas depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, e outros apoiadores ocidentais da Ucrânia apoiaram a investigação em meio a repetidas afirmações da Rússia de que não foi ela quem disparou o míssil. Biden disse que é “improvável” que a Rússia tenha disparado o míssil, mas acrescentou: “Vou garantir que descubramos exatamente o que aconteceu”. O míssil caiu em terras polonesas na terça-feira, 15, perto da fronteira da Polônia com a Ucrânia. Três autoridades dos EUA disseram que avaliações preliminares sugerem que foi disparado por forças ucranianas contra uma força russa que se aproximava. Os funcionários falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a discutir o assunto publicamente. A Ucrânia, ex-país do bloco soviético, mantém estoques de armamento de fabricação soviética e russa, incluindo mísseis de defesa aérea, e também apreendeu muito mais armas russas enquanto repelia as forças de invasão do Kremlin. As defesas aéreas ucranianas trabalharam furiosamente contra o ataque russo na terça-feira às instalações de geração e transmissão de energia, inclusive na região oeste da Ucrânia, que faz fronteira com a Polônia. Os militares da Ucrânia disseram que 77 dos mais de 90 mísseis disparados foram derrubados, junto com 11 drones.
*Com informações da AP News
Fonte: Jovem Pan