Três pessoas foram condenadas a oito anos de prisão cada pelo homicídio contra João Paulo Ribeiro de Santana, em Arapiraca. O crime ocorreu em 2021 e teria sido cometido porque João Paulo tentava estuprar a ex-namorada de um dos réus. O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (14), na Capital do Agreste.
Sentaram no banco dos réus os acusados Luiz Salu da Silva, Ronyele Tintino Soares e Weslley Soares Cardoso. Um quarto também foi julgado: Francisco José dos Santos, que foi absolvido das acusações.
Segundo o processo, Weslley Cardoso mandou matar a vítima após pedido de socorro de sua ex-namorada que estava sofrendo uma tentativa de estupro por João Paulo.
Ao aplicar a pena, o juiz Helestron Silva da Costa levou em consideração a gravidade dos atos praticados pela vítima João Paulo contra a mulher, diminuindo a pena dos réus em 1/3 (de 12 para oito anos de prisão). A pena será cumprida em regime semi-aberto já que os réus são primários.
João Paulo Ribeiro de Santana foi morta com vários tiros de arma de fogo na porta de casa.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Weslley Soares Cardoso teria recebido uma ligação da sua ex-namorada, dizendo que a João Paulo estava tentando estuprá-la após ela pegar uma carona com ele depois de sair de uma festa.
No local, ele teria tentado ter relações sexuais, ficando nu e agredindo-a com um revólver em sua cabeça e puxões de cabelo. Como não estava em Arapiraca no momento da ligação, Weslley teria ligado para os outros acusados para que matassem João Paulo.
Os réus Luiz Salu, Ronyele e Francisco foram até a residência de João Paulo. Um deles pulou o muro da casa e abriu a porta. Em seguida, Francisco chamou a mulher, que subiu na garupa da motocicleta e a levou para a casa de Weslley.
Nesse instante, Luiz Salú deflagrou vários tiros contra João Paulo, fugindo logo em seguida com Ronyele, que ficou esperando a execução do crime na motocicleta, preparado para a fuga.
O homem foi encontrado morta na porta da sua residência por familiares cerca de seis horas após a execução do crime.
Os jurados reconheceram a materialidade do crime e a autoria dos réus Luiz Salú da Silva, Ronyele Tintino Soares e Weslley Soares Cardoso.