Os norte-americanos ainda não têm todos os resultados das eleições de meio de mandato, as chamadas “midterms“, que foram realizadas na terça-feira, 8. Entretanto, novos resultados mostram que os democratas devem obter a maioria no Senado. Segundo o resultado divulgado pela Associated Press, com 83% das urnas apuradas, o ex-astronauta Mark Kelly, do partido Democrata, conquistou 52% dos votos, derrotou seu rival republicano Blake Masters, que teve 46%, e garantiu a 49ª cadeira democrata no Senado. Os Republicanos também possuem 49 cadeiras garantidas. O resultado em Nevada, onde a votação está apertada, ainda está indefinido – com 95% dos votos apurados, o republicano Adam Laxalt tinha uma vantagem mínima para a senadora Catherine Cortez Masto: 48,5%, ante 48,4% da adversária. Na Geórgia, por sua vez, o resultado só será decidido em segundo turno, que será disputado no próximo mês. Em caso de vitória dos democratas em qualquer um dos Estados, o partido terá o controle do Senado, já que o voto de minerva, em caso de empate, cabe à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que é democrata.
Por outro lado, na Câmara dos Representantes a situação é diferente, com os republicanos formando maioria até o momento. Os últimos dados mostram que os Republicanos têm 211 cadeiras da Casa, contra 198 dos Democratas. Com isso, o partido de Donald Trump precisará de apenas mais sete congressistas para conseguir maioria na Casa. A derrota dos Democratas na Câmara já era prevista, mas o resultado está melhor do que o esperado pelos Republicanos, que não conseguiram emplacara a “onda vermelha” e aumentar a vantagem. Na quarta-feira, 9, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a eleição americana foi “um bom dia para a democracia”. “Alguns bons democratas não venceram na noite passada. Os democratas tiveram uma noite forte e perdemos menos assentos na Câmara dos Deputados do que a primeira eleição de meio de mandato de um presidente democrata na últimos 40 anos. E tivemos o melhor meio de mandato para governadores desde 1986”, disse em pronunciamento. Apesar do otimismo de Biden, uma eventual derrota na Câmara o obrigará a negociar com alas do partido do ex-presidente Donald Trump para continuar aprovando medidas em seu mandato.
Fonte: Jovem Pan