Nesta quinta-feira, 10, A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), que está no Egito para a COP27, esteve reunida com o representante americano John Kerry. Em reunião, eles falaram sobre ampliar recursos financeiros internacionais para a preservação da floresta amazônica, que é um dos pontos da agenda ambiental do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que viaja na segunda-feira, 14. Também nesta quinta, a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, participou de um debate na conferência climática da ONU, onde mencionou as eleições legislativas em seu país. A democrata afirmou que, mesmo que os Democratas percam a maioria do Congresso, é preciso uma aliança com Republicanos na luta contra a emergência climática e que alguns opositores são críticos ao tema, que espera que os filhos possam convencer os pais sobre a urgência do assunto. Outro destaque foi a fala do chefe da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), Francesco La Camera, que garantiu que a transição para forças alternativas é imparável.
O especialista apontou que o mundo vive uma crise energética desde da invasão da Ucrânia pela Rússia, e que alguns países da Europa correm para acumular reservas de petróleo e gás, o que terá impacto no curto prazo. O diplomata declarou que a médio e longo prazo o planeta não tem outra saída a não ser se descarbonizar, que o mercado é o responsável por essa mudança de paradigma e que o caminho para um sistema baseado em energias renováveis deve ser feio o mais rápido possível. De acordo com o relatório divulgado pela Irena, a transição energética ainda não é forte o suficiente para cumprir o objetivo principal do Acordo de Paris, que é conter o aumento da temperatura do planeta abaixo dos 2º.
Esta quinta também foi marcada por manifestações na COP27 quando um grupo de ativistas protestou em frente ao centro de convenção onde é realizada a conferência da ONU e defendiam que a luta ambiental deve estar aliada com os direitos humanos. Vestidos de branco, como os presos do regime egípcio, os manifestantes gritavam “liberdade para todos” em referência aos mais de 60 mil presos políticos do país.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
Fonte: Jovem Pan