Um dos discursos mais impactantes da COP27 nesta segunda-feira,7, foi o do secretário-geral da ONU, António Guterres, que declarou para mais de 100 líderes mundiais que a humanidade está em um momento de escolha decisiva sobre cooperar ou morrer: “Ou fazemos um pacto pela solidariedade climática, ou um pacto pelo cuicídio coletivo. Até o dia 18 de novembro, a COP27 reúne representantes de quase 200 países no Egito. O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu aos participantes que não percam de vista as metas de energia renovável, apesar do impacto da invasão russa à Ucrânia: “Não pode haver um renascimento mundial dos combustíveis fósseis. Em relação à Alemanha, eu posso dizer que não haverá”. Scholz disse que a reativação de usinas alemãs de carvão foi uma medida emergencial para combater a possível escassez de energia durante o inverno, devido à diminuição das exportações russas de energia, e que isso será por um período curto pois a Alemanha está decidida a abandonar o carvão.
O líder alemão também prometeu mais contribuição da Alemanha na luta contra o aquecimento global, com investimento que vai passar de 5,3 bilhões de euros, para 6 bilhões em 2025. Além dos discursos, os representantes de cada país tem conversas importantes nos bastidores. O presidente da França, Emmanuel Macron, teve um encontro breve nos corredores com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e disse que ficaria feliz se pudesse abrir um dialogo com o país sul-americano em prol da realização de um trabalho bilateral múltiplo para a América Latina. A França foi um dos vários países que não reconheceram a eleição de Maduro em 2018 . A resposta do venezuelano foi de que a França precisa desempenhar um papel positivo.
Em discurso, Macron também afirmou que deseja pressionar os países ricos não-europeus para que também contribuam financeiramente com os países pobres na luta contra o aquecimento global, em referência à China e aos Estados Unidos. Outro destaque foi o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que defendeu um plano de investimentos internacionais para preservar a Amazônia: “A Colômbia concederá US$ 200 milhões anualmente, por 20 anos, para salvar a floresta amazônica em seu território. Esperamos a contribuição mundial”. Em ato realizado junto ao primeiro ministro britânico, Rishi Sunak, Petro havia dito que espera ter o Brasil e a Venezuela à bordo do projeto. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é esperado na conferência nos próximos dias.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
Fonte: Jovem Pan