Com a realização das eleições ao Parlamento israelense na última terça-feira, 1º, a contagem dos votos no dia seguinte passou a indicar o retorno do ex-primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ao poder. Com quase 90% das urnas apuradas, a coalizão encabeçada pelo ultranacionalista deve conquistar uma maioria com certa folga no Knesset, o Parlamento do país. Projeções indicam que o ex-premiê, que comandou Israel por 15 anos e teve seu governo encerrado em junho de 2021, terá 65 de 120 cadeiras. O bloco de centro-esquerda deverá ter 50 cadeiras e, os políticos independentes, 5 lugares no Legislativo. Em relação às legendas, a divisão deverá ocorrer da seguinte maneira: Likud, partido de Netanyahu, terá 32 cadeiras; Yesh Atid (Há Futuro), partido de centro e do atual premiê, Yair Lapid, terá 24 assentos. Marcada pela maior participação desde 2015, o Comitê Eleitoral Central de Israel anunciou que 71,3% dos eleitores votaram, um número acima do esperado e maior do que as últimas quatro eleições. Hazem Qassem, porta-voz do grupo radical Hamas, concedeu uma fala à agência Reuters Bassam Salhe e argumentou que Israel, com os resultados da eleição, estaria caminhando para o extremismo. “Governos de Netanyahu lançaram várias guerras contra o povo palestino; a presença de figuras mais extremas significa que vamos enfrentar ainda mais violência sionista”, afirmou.
Fonte: Jovem Pan