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Bancos contratam mais traders de metais após ano volátil

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Cenário de oscilações, amplificadas em meio a guerra na Ucrânia e aperto monetário nos EUA, tem elevado os ganhos com negociações Grandes bancos reforçam as equipes de suas unidades de metais para lucrar com a volatilidade que tem elevado os ganhos com negociações nos últimos três anos.

A invasão da Ucrânia pela Rússia e os aumentos dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ampliaram as fortes oscilações nos mercados de metais. Cobre, ouro e alumínio subiram para níveis recordes, mas logo despencaram diante da política monetária mais apertada.

Os maiores bancos estão preparados para um ano de ganhos com commodities, já que a guerra na Ucrânia afeta os preços das matérias-primas. Esta fase segue uma década de desaceleração na qual muitos bancos reduziram ou abandonaram a negociação de metais.

O Bank of America e o Morgan Stanley fizeram contratações para suas divisões de metais, enquanto o Deutsche Bank avalia retornar ao segmento depois de deixá-lo há pouco menos de uma década.

Os lucros dos bancos com metais básicos subiram de 25% a 30% este ano, o que abre caminho para o melhor desempenho desde a crise financeira global, de acordo com Michael Turner, codiretor da Coalition Greenwich. “O aumento dos spreads, a volatilidade e os fluxos saudáveis impulsionaram as receitas dos bancos, com vários interessados em reinvestir no negócio”, disse.

A contratação coincide com a decisão do J.P. Morgan Chase, tradicional líder nesse mercado, de revisar sua exposição a commodities após a pressão compradora, ou “short squeeze”, sobre o preço do níquel em março, no qual foi a principal contraparte do Tsingshan Holding Group, o maior produtor mundial do metal, que estava no centro da crise.

Nos últimos meses, o J.P. Morgan reduziu seu financiamento para empresas de metais chinesas, segundo apurado pela Bloomberg. Além disso, a reputação da divisão de metais preciosos do banco, líder do setor, foi afetada neste ano depois que seu ex-diretor-gerente foi considerado culpado de falsificação.

À medida que o J.P. Morgan recua em algumas áreas, outros bancos avançam. O Bank of America contratou recentemente Ben Green, um veterano de metais básicos, antes no Macquarie Group. A divisão de commodities do banco normalmente se concentra em energia, em detrimento de metais como cobre, alumínio e zinco.

O Morgan Stanley reforçou a mesa de trading de metais preciosos no mês passado com Patrick Hayes, do Wells Fargo, segundo pessoas a par do assunto. Também trouxe Peter Smith, especialista em negócios físicos que passou décadas no J.P. Morgan. Por outro lado, o Morgan Stanley recentemente perdeu Ryan McCartney, seu chefe de negociação de metais básicos, para o hedge fund Squarepoint Capital.

O Deutsche Bank avalia se deve contratar alguém para reativar sua mesa de metais básicos, segundo pessoas com conhecimento do assunto e com um anúncio de emprego visto pela Bloomberg. Nenhuma decisão foi tomada ainda, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas.

O J.P. Morgan é de longe o maior banco em trading de metais, sendo que Goldman Sachs, Citigroup e Macquarie também desempenham um papel importante. O HSBC é outro player de peso no mercado de metais preciosos.

Deutsche Bank, Bank of America e Morgan Stanley não quiseram comentar.

(Com a colaboração de Yvonne Yue Li, Joe Deaux, Steven Arons e Sing Yee Ong)

Cobre: um dos metais que subiram para níveis recordes e despencaram diante de aperto monetário

Reprodução/Consejo Minero

Fonte: Valor Invest

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