Foxconn aumenta bônus para trabalhadores de fábrica de iPhones atingida por covid

Foxconn aumenta bônus para trabalhadores de fábrica de iPhones atingida por covid
A Foxconn, fornecedora-chave da Apple, está aumentando os bônus de participação para os trabalhadores em sua fábrica de produção de iPhone em Zhengzhou, na China, depois que alguns deles fugiram do local após um surto de covid-19 no fim de semana.

O subsídio diário de presença será aumentado de 100 yuans (US$ 13,75) para 400 yuans, enquanto os trabalhadores que registrarem "presença total" este mês receberão um bônus total de mais de 15 mil yuans, anunciou a empresa na terça-feira.

A frequência total inclui não tirar nenhum dia de folga, não chegar com mais de 30 minutos de atraso ou sair mais de 30 minutos mais cedo e trabalhar pelo menos oito horas por dia.

O bônus de participação total normalmente chega a cerca de 11 mil yuans durante a alta temporada de produção. A Foxconn está aumentando o bônus à medida que a maior instalação de montagem de iPhone do mundo enfrenta interrupções relacionadas a um recente surto local de covid-19.

Um funcionário da instalação disse ao “Nikkei Asia” que estava "muito feliz" com o bônus mais alto e que a maioria de seus colegas de trabalho continuava a comparecer como de costume.

Postagens nas plataformas de mídia social chinesas nos últimos dias mostraram o que parecem ser dezenas de trabalhadores deixando o local de produção da Foxconn a pé para voltar para casa em outras cidades, já que os serviços de ônibus e trens de longa distância foram suspensos para conter o surto de coronavírus.

A instalação de Zhengzhou produz cerca de 60% de todos os iPhones, e a Foxconn disse que está trabalhando para mitigar qualquer interrupção pedindo às fábricas em outros locais que apresentem planos de backup.

A empresa taiwanesa também está priorizando a produção do iPhone 14 Pro e Pro max - os modelos mais recentes e mais caros - em relação aos iPhones mais antigos na planta de Zhengzhou, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto ao “Nikkei Asia” na segunda-feira.

Em entrevista ao jornal porta-voz local do Partido Comunista Chinês, “Henan Daily”, um executivo não identificado da Foxconn disse que a instalação começou a produção em "circuito fechado" em 16 de outubro, com trabalhadores sendo transferidos para dormitórios dentro da fábrica, hotéis ou escolas próximas.

Exames do tipo PCR diário e testes rápidos de antígeno começaram em 21 de outubro, disse o executivo. Na produção em circuito fechado, as pessoas permanecem em seus locais de trabalho ou perto deles 24 horas por dia para limitar o risco de infecção.

"A demanda por trabalhadores da linha de produção é muito alta porque estamos no período de pico. A empresa também coordenará a capacidade de outras instalações de backup para diminuir qualquer risco que possa resultar do surto", disse o executivo.

A Foxconn reiterou na terça-feira que está trabalhando com as autoridades para resolver a situação.

"A instalação de Zhengzhou está trabalhando com o governo para prevenir a epidemia, e a situação na instalação está gradualmente sendo controlada. Também coordenaremos com outros parques o backup da capacidade de produção para minimizar o possível impacto".