Ibovespa opera perto da estabilidade com apoio de commodities e exterior; cena política segue no radar

Ibovespa opera perto da estabilidade com apoio de commodities e exterior; cena política segue no radar
Índice deve se manter volátil ao longo do dia, a depender das novidades no front doméstico O Ibovespa começou o pregão desta terça-feira em leve alta, com o impulso das ações de commodities. As estatais, que ontem tiveram forte queda e pressionaram o índice, hoje tinham recuperação parcial. A alta das bolsas americanas também dava apoio aos ativos brasileiros. No entanto, o índice deve se manter volátil ao longo do dia, assim como ontem, a depender das novidades do noticiário político.

Por volta das 11h, o Ibovespa subia 0,16%, aos 116.220 pontos, com máxima intradiária de 117.698 pontos e mínima de 116.034 pontos. O volume de negócios projetado para o índice no dia era de R$ 40,05 bilhões. No exterior, o S&P 500 avançava 0,48%, aos 3.891 pontos, Dow Jones subia 0,29%, aos 32.828 pontos, e Nasdaq ganhava 0,68%, aos 11.062 pontos.

Os papéis de commodities, que têm peso importante na formação do índice, impulsionam o Ibovespa. Companhias ligadas a commodities metálicas avançam após rumores de que a China reduzirá as restrições impostas no combate à covid-19 – a possibilidade já ajudou as bolsas asiáticas a subirem hoje. Vale ON subia 3,96%, enquanto CSN ON avançava 0,81% (mesmo após anunciar queda anual de 88% no lucro do terceiro trimestre), Usiminas PNA ganhava 1,24%, CSN Mineração subia 2,42%.

Petroleiras também subiam, impulsionadas, em parte, pela valorização do barril do Brent no exterior. Petrobras PN (+0,20%) e Petrobras ON (+0,15%) avançavam com ligeiro ajuste após as quedas expressivas de ontem, causadas por reação ao resultado eleitoral. PetroRio ON (+4,15%) também se aproveitava do balanço divulgado na noite de ontem, que mostrou alta anual de 542% do lucro líquido no terceiro trimestre, para US$ 154 milhões.

A maior alta do dia era Copel PNB (+8,92%), após o governo do Estado do Paraná solicitar ao Conselho de Controle de Empresas Estaduais (CCEE) informações técnicas para subsidiar modelo para operação no mercado de capitais em que se “otimize o investimento do Estado” na companhia, preservando participação societária relevante. Já o recuo mais intenso era Cielo ON (-4,37%), que apresentou balanço ontem.

O cenário eleitoral continua no radar, enquanto o mercado aguarda a definição de nomes da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O bloqueio de estradas também é monitorado, e pode pesar mais sobre os ativos brasileiros se se prolongar por um período de tempo maior. Há, ainda, espera por manifestações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que não se manifestou desde o fim da apuração dos votos, no domingo.

No exterior, o cenário é positivo hoje, tanto pela China quanto pelo Federal Reserve, que, para investidores, pode reduzir em breve - amanhã ou no mês que vem – o ritmo de aperto monetário. O BC americano toma nova decisão sobre a taxa de juros amanhã.

Julio Bittencourt/Valor