As tropas federais autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reforçar a segurança em 27 municípios de Alagoas neste 2º turno das eleições embarcaram na manhã deste sábado (29) do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz), em Maceió. Não foi informado o efetivo empregado.
Os militares do Exército vão atuar nos municípios de Batalha, Campo Alegre, Canapi, Coruripe, Delmiro Gouveia, Inhapi, Major Isidoro, Marechal Deodoro, Mata Grande, Matriz de Camaragibe, Murici, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Penedo, Piranhas, Porto Calvo, Rio Largo, Santana do Ipanema, São José da Tapera, São Luiz do Quitunde, São Miguel dos Campos, Traipu, União dos Palmares, São Sebastião, Junqueiro, Teotônio Vilela e Feira Grande.
A definição destes locais foi estratégica. Todas as localidades têm grande influência dos grupos políticos que estão concorrendo ao governo de Alagoas, seja pelo parentesco com os prefeitos e lideranças locais ou pelo domínio antigo das famílias nos municípios.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, atendeu, em parte, ao apelo feito pela coligação Alagoas Merece Mais, de Rodrigo Cunha (União Brasil), para que as tropas federais pudessem garantir a tranquilidade em Alagoas no próximo domingo (30). Segundo o ministro, a segurança dos eleitores não poderá ficar à mercê de interesses ou disputas locais.
"De forma excepcional, cabe a atuação do TSE para reforçar e apoiar o Tribunal de origem na preservação de um ambiente pacífico e seguro aos eleitores do Estado. Trata-se de apoio excepcional conferido ao Tribunal Regional Eleitoral para preservação do ambiente próprio à realização de eleições seguras e livres, considerando o cenário acirrado da disputa ao segundo turno no Estado, com a ampliação da violência, atrelado ao contexto de fragilidade institucional", destacou Moraes, na decisão.
Pela determinação, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, desembargador Otávio Leão Praxedes, foi o responsável por entrar em entendimento com o comando federal do Exército no Estado para definir, separadamente, a zona eleitoral aonde a força deverá se apresentar, incluindo o endereço e o nome do juiz eleitoral, a fim de viabilizar o planejamento da ação do efetivo necessário.