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Bitcoin parado em outubro frustra expectativas de quem apostava na tradição de altas do mês

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Conhecido como "uptober" pelo histórico, mês está sendo marcado por pouca volatilidade, mesmo quando há grandes notícias Outubro pode trazer fantasmas e zumbis à vida, mas os comprados em bitcoin (BTC) que esperavam um “uptober” estão descobrindo que mesmo o mês tipicamente positivo não pode ressuscitar o preço da criptomoeda.

O maior ativo digital caiu cerca de 1% este mês, o que, se fechasse nesse nível, marcaria sua primeira queda em outubro desde 2018, coincidindo com a última vez em que esteve atolado em um inverno cripto. Nesta época do ano passado, o bitcoin havia subido 40%, ante alta de 30% no ano anterior e de 12% no anterior.

Os movimentos tépidos deste ano levaram os analistas da Genesis, entre outros, a se perguntarem: “wen uptober?” Esse é o nome que os fãs de criptomoedas legaram ao mês por ser tipicamente um período positivo. “Wen” é a versão deles de “quando” [when, em inglês] e é usado em memes nas redes sociais.

“Quando penso no uptober, geralmente procuro um pouco mais do que um candle verde achatado”, disse o fundador e CEO da Quantum Economics, Mati Greenspan. “Se o bitcoin cumprir o meme este mês, é melhor começar a se mover em breve.”

Chegando ao mês, os obstinados depositaram suas esperanças de que outubro seria bom para o token, que teve apenas três meses positivos até agora este ano. E a história está do lado deles: o bitcoin tende a subir cerca de 25% em outubro e, desde 2015, avançou mais de 85% durante estes meses, de acordo com o Bespoke Investment Group.

O bitcoin ficou preso em um intervalo apertado nas últimas semanas, com a moeda pairando em torno de US$ 20.000. Na segunda-feira, foi negociado em torno de US$ 19.300. Mesmo grandes anúncios, como a recente parceria da BlackRock com a plataforma de criptomoedas Coinbase, não conseguiram tirar a classe de ativos de seu estupor.

Sua falta de oscilações, em contraste com sua reputação turbulenta habitual, fez os analistas apontarem que a criptomoeda, juntamente com algumas outras, tornou-se menos volátil nesse período. O spread médio entre o pico e o vale do mês passado nos 10 maiores ativos digitais foi de apenas 23%, de acordo com dados compilados pelo Bespoke Investment Group. Desde o final de 2017, nenhum outro período viu esse nível de serenidade. Desde o início de 2020, de fato, a leitura média ficou em uma faixa de mais de 80%, disse o pesquisador.

“Dado que esperamos uma reunião bastante agressiva do Fed em novembro, acho que não é provável que tenhamos um uptober”, disse Max Gokhman, diretor de investimentos da AlphaTraI. "Acho que muitos detentores de bitcoin estarão perguntando 'Por que este outubro?'"

A moeda ainda pode terminar outubro com alta ou queda de 5% em relação ao início, disse ele, acrescentando que espera que o token provavelmente permaneça no intervalo em que foi negociado nos últimos meses.

Wilfred Daye, diretor executivo da Securitize Capital, uma empresa de gestão de ativos digitais, diz que o mercado de criptomoedas está sendo influenciado por forças macro, incluindo o que o Federal Reserve tem feito em relação às taxas de juros. Isso e o fato do bitcoin ter se correlacionado positivamente com as ações de tecnologia durante os anos do Covid é o que está influenciando amplamente os preços atualmente.

“Estávamos em um mercado macro de crescimento desde 2012 – o Quantitative Easing trabalhou a favor do BTC”, disse ele. “O sentimento de risco macro pressiona o BTC.”

Fonte: Valor Invest

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