Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

valor

UE quer endurecer postura contra a China

Imagem de destaque da notícia
Os líderes da UE passaram três horas na sexta-feira discutindo como rever os termos do relacionamento cada vez mais tenso com a China A União Europeia (UE) está analisando com mais atenção as relações com a China à medida que as tensões se aprofundam, com um Estado-membro do bloco chamando Pequim de “rival sistêmico” ao invés de parceiro comercial.

Os líderes da UE passaram três horas na sexta-feira discutindo como rever os termos do relacionamento cada vez mais tenso do bloco com a segunda maior economia do mundo. Com o presidente Xi Jinping pronto para ganhar novo mandato e manter o poder, eles disseram que a UE precisa reavaliar sua maneira de lidar com a China.

“O que estamos vendo é que a assertividade da China no domínio mundial está aumentando”, disse o primeiro-ministro da Holando, Mark Rutte, após uma reunião de dois dias em Bruxelas. Ainda assim, ele disse que o bloco continuará mantendo diálogo com a China.

O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, foi além, dizendo que o apoio da China ao presidente russo Vladimir Putin desde a invasão da Ucrânia pelo Kremlin mostra que Pequim é um “rival sistêmico”. A Lituânia tem sido alvo das medidas punitivas da China depois que a nação báltica permitiu que Taiwan montasse um escritório em Vilnius no ano passado.

Leia também

Conter a China é, agora, objetivo explícito de Biden

União Europeia e China fecham acordo para aumentar cooperação financeira e combater fome no mundo

EUA e UE se preparam para endurecer relação com China

“Vemos como nossa decisão em relação a Taiwan, que não é uma representação diplomática, provocou pressões da China”, disse Nauseda. “Mas compensamos as perdas comerciais da China e conseguimos resistir às pressões”.

Os comentários desafiam o equilíbrio da UE em relação à China como parceiro comercial e concorrente econômico. Um tema comum entre os líderes foi a necessidade da UE de garantir sua independência, protegendo as principais infraestruturas e promovendo indústrias avançadas, como a produção de semicondutores.

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a Europa errou ao se concentrar exclusivamente nas finanças públicas, forçando os Estados-membros no passado a vender infraestruturas cruciais para investidores chineses, colocando a região em posição de vulnerabilidade.

“Fomos ingênuos porque consideramos que havia um problema de finanças públicas a ser resolvido – e que a Europa era um supermercado aberto”, disse Macron a repórteres. O bloco precisa estabelecer regras de infraestrutura e definir “pontos sensíveis”, segundo o presidente francês.

O primeiro-ministro da Letônia, Krisjanis Karins, comparou uma relação de dependência com a China em tecnologia e matérias-primas com o corte de fornecimento do gás da Rússia para o continente.

“Sim, na verdade somos bastante dependentes”, disse Karins em entrevista. “Portanto, agora é o momento certo para reavaliar essa dependência e tomar medidas para reduzi-la.”

Os líderes da UE discutiram a China, bem como a guerra na Ucrânia e a política econômica em seu segundo dia de cúpula. A reunião ocorre depois que o braço de política externa do bloco recomendou uma abordagem mais dura da UE à China.

Bandeira da União Europeia

Capri23auto/Pixabay

No início desta semana, o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse que a China estava se tornando cada vez mais uma “competidora difícil”, enquanto reafirmava a abordagem do bloco de tratar o país como parceiro, concorrente e rival sistêmico.

“Nós, como europeus, precisamos superar nossa postura um tanto ingênua”, disse o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo. “Isso não significa que não queremos um relacionamento com a China, mas devemos evitar qualquer tipo de dependência”.

Fonte: Valor Invest

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis