Candidato estava na favela para visitar um projeto social e diz ter sido alvo de atentado; polícia investiga Candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas participa de ato de campanha em VotuporangaVinícius Rosa/DivulgaçãoA visita do candidato a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao polo universitário de Paraisópolis, na manhã desta segunda-feira (17), foi interrompida por um tiroteio que aconteceu na favela, a maior de São Paulo, localizada na zona sul da capital.Leia mais:No fim de semana, candidato suspendeu atividades por questões familiaresTanto o candidato como jornalistas que acompanhavam a agenda tiveram de ficar abaixados em uma sala dentro do local. Tarcísio saiu escoltado por seguranças em um veículo van.Em suas redes sociais, Tarcísio disse estar bem e afirmou que sua equipe foi atacada por criminosos. "Em primeiro lugar, estamos todos bem. Durante visita ao 1o Polo Universitário de Paraisópolis, fomos atacados por criminosos. Nossa equipe de segurança foi reforçada rapidamente com atuação brilhante da Polícia Militar de São Paulo. Um bandido foi baleado. Estamos apurando detalhes sobre a situação." A Polícia Civil afirmou que está apurando o ocorrido e que viaturas estão no local. Segundo um delegado da polícia civil ouvido pela reportagem, aparentemente não se tratou de uma ação destinada a intimidar o candidato, mas sim um fato que ocorreu no interior da favela enquanto o candidato a governador estava na região por ocasião da visita ao polo universitário.Em nota à imprensa, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB),disse ter ordenado "imediata investigação". "Acabei de falar com Tarcísio de Freitas e ele e sua equipe estão bem. A polícia militar agiu rápido e garantiu a segurança de todos. Determinei a imediata investigação do ocorrido", diz a nota. Garcia, derrotado no primeiro turno das eleições, declarou apoio a Tarcísio no segundo turno.Repercussão políticaNo Twitter, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) aproveitou o episódio para provocar o líder das pesquisas de intenção de voto ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Infelizmente, alguns locais onde o tráfico tem influência não aceita que candidatos que não têm acordo com eles tentem melhorar a vida dos moradores da região. Mas Lula consegue fazer campanha onde o CV atua. Como, só o CPX sabe”, escreveu o senador, repetindo a falsa associação entre a sigla "CPX", abreviação de "complexo", com o crime organizado.
Fonte: Valor Invest
