O mais velho preso juvenil dos Estados Unidos foi libertado na última quinta-feira, 11. Joseph Ligon foi condenado a prisão perpétua em 1953, quando tinha 15 anos, por um assalto à mão armada que acabou com a morte de duas pessoas. Aos 68 anos, Ligon sempre negou que tenha matado alguém. Sua liberdade veio anos após a Suprema Corte dos EUA decidir, em 2012, que sentença de prisão perpétua para adolescente eram uma “punição cruel e incomum”. Porém, a Pensilvânia, onde fica o Instituição Correcional Estadual de Phoenix, em que Ligon cumpriu sua pena, estava na lista de estados que se recusaram a reduzir as sentenças.
Em 2017, o Estado enfim revisou as sentenças e condenou Ligon a 35 anos, dando a oportunidade de liberdade condicional, mas ele recusou dizendo que "pedir permissão para deixar a cidade" não fazia parte de sua liberdade. Então, o defensor público Bradley Bridge entrou com representação no tribunal federal para que seu cliente fosse libertado. Em novembro de 2020 seu pedido foi aceito pelo Gabinete do Promotor Distrital da Filadélfia, dando um prazo de 90 dias para a decisão. “Não foi um dia triste para mim. Sou apenas um tipo de pessoa teimosa, eu nasci dessa forma”, disse Ligon na saída da cadeia.
Bode expiatório para o crime
Ligon nasceu no Alabama em uma família pobre e acredita ter servido de bode expiatório para o crime de 1953 que sempre negou. Ele foi pego com outros adolescentes que ficam bêbados e decidiram fazer alguns assaltos na região de Montgomery. Na prisão, Ligon trabalhava como zelador e, de acordo com a mídia local, sempre foi isolado. Lá aprendeu a ler e escrever e em seu tempo livre treinava boxe.
Fonte: Jovem Pan