Depois de sete anos, Colômbia e Venezuela reabriram as fronteiras e retomaram o tráfego terrestre entre os dois países, fechado desde 2015. O retorno aconteceu nesta segunda-feira, 26, durante um ato liderado pelo presidente colombiano Gustavo Petro e representantes do presidente venezuelano Nicolás Maduro. A solenidade aconteceu na Ponte Internacional Simón Bolívar, que liga a cidade colombiana de Cúcuta com a venezuelana de San Antonio del Táchira. Petro garantiu que a reabertura da fronteira do país com a Venezuela, após sete anos de fechamento, deve melhorar a situação em direitos humanos na região, onde atuam dissidências das Farc, o Exército de Libertação Nacional (ELN) e narcotraficantes. “Isso deve resultar em um salto qualitativo em matéria de direitos humanos em toda a fronteira. Deve resultar em um aumento da qualidade de vida”, garantiu o chefe de Estado após a cerimônia de reabertura da passagem entre os dois países. Autoridades dos dois países acompanharam a passagem dos primeiros caminhões de carga nos dois sentidos.
Petro classificou o dia de hoje como “histórico” para Colômbia, Venezuela e toda a América do Sul, porque “a globalização é, antes de tudo, uma relação entre vizinhos”. “Qualquer um que mede os fluxos de comércio internacional, os culturais, os populacionais, sempre verá que a maior quantidade é entre vizinhos, e este era o caso antes da loucura sectária tomar conta de corações e cérebros”, disse o presidente colombiano. Ele também falou que a ideia dessa reabertura é abrir a possibilidade de “caminhões chegarem à Guiana, onde hoje existe o crescimento econômico mais importante da América do Sul, devido à descoberta de campos de petróleo”. O objetivo dessa forma, forjar alianças para a “construção de um mercado comum na América”, para que um caminhão possa chegar até a Patagônia. Petro admitiu que na fronteira atuam organizações criminosas, que cometem assassinatos e violações, por isso, considera que a reabertura é uma grande oportunidade para a “recuperação automática” da segurança de quem a cruza.
*Com informações da AFP e EFE
Fonte: Jovem Pan